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Cruzeiro muda estratégia na busca por reforços e mira atletas em países vizinhos

André Mazzuco foi importante nas idas Germán Cano e Martín Benítez para o Vasco em 2020

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

Com opções escassas no mercado brasileiro e inviáveis no europeu, o Cruzeiro está mapeando seus reforços para esta temporada nos países vizinhos da América do Sul. Afinal, a falta de contratações de qualidade tem tirado o sono dos torcedores da Raposa.

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Porém, anunciado no começo de janeiro como novo diretor executivo de futebol do Cruzeiro, André Mazzuco tem atuado nos bastidores para reforçar o elenco celeste para 2021. Contudo, o foco é buscar atletas de alto nível para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro.

André Mazzuco está ligado no mercado e, para aumentar o campo de observação, tem feito contato com representantes nos países vizinhos da América do Sul. Em entrevista à “Rádio Itatiaia”, o dirigente disse que está buscando soluções atrativas para o time celeste.

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“O mercado sul-americano, realmente, é muito atrativo. Há diferenças de países, de ligas, mas são jogadores que alto índice de comprometimento e competitividade. Então, é um mercado que será importante olharmos com mais atenção e vamos fazer isso, seja agora ou ao longo da temporada”, revelou.

André Mazzuco é especialista neste tipo de operação. Em 2020, só para exemplificar, ele foi fundamental para o Vasco contratar Germán Cano, do Independiente Medellín, da Colômbia e Martín Benítez, Independiente, da Argentina.

“No Vasco, fizemos um trabalho que gerou resultado importante com Cano, Benítez e outras situações. É um mercado que precisamos olhar com carinho e sempre vale a pena explorar esse mercado, pois temos boas oportunidades por lá”, disse.

Por outro lado, André Mazzuco lembra que a desvalorização do real frente a moedas como dólar e o euro são um complicador. Afinal, o Cruzeiro tem um orçamento limitado para reforçar o elenco. Por isso, não errar novamente conforme aconteceu em anos anteriores.

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“A gente passa por um problema momentâneo, que é o câmbio, com a alta do dólar, do euro, enfim. Já não é mais tão tranquilo para você trazer jogador de fora. Mesmo que o salário não seja tão alto, em dólar fica mais de cinco vezes para nós aqui”, finalizou.

Os estrangeiros do Cruzeiro

O Cruzeiro ainda não anunciou reforços latinos para a 2021. Contudo, a diretoria tenta contratar pelo menos um jogador que seja conhecido da torcida. Afinal, existe o temor que os nomes oferecidos ao clube até o momento sejam tratados como apostas.

O atual elenco conta com três jogadores estrangeiros. O paraguaio Raúl Cáceres tem contrato até 2022. O colombiano Luís Manuel Orejuela está vinculado até 2024. Porém, o clube não tem condições de bancar o salário de R$ 300 mil. Por isso, o lateral foi colocado no mercado.

O boliviano Marcelo Moreno é considerado o caso mais complexo pela diretoria celeste. Aos 33 anos, está sob contrato até o fim de 2022. Atualmente, recebe R$ 400 mil por mês. Ou seja, o valor é inviável para um clube atolado em dívidas como o Cruzeiro, que irá disputar novamente a Série B do Brasileirão.

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