Com a pandemia do coronavírus ainda afetando o futebol, os times que jogam a Série A do Brasileirão já querem alternativas para poder trazer segurança para a realização de partidas. Uma delas é a de comprar vacinas para a imunização de seus atletas e funcionários.
O jornal O Estado de São Paulo aponta que boa parte dos clubes da competição, além de federações estaduais (citada a Cearense) apoiam o PL (Projeto de Lei) 948/21, que permite que a iniciativa privada compre vacinas para imunizar seus funcionários. O primeiro a se pronunciar a favor foi o Athletico Paranaense, seguido por outros clubes, como Cuiabá, Atlético-MG e Flamengo.
“Tudo o que sirva para minorar os efeitos da pandemia tem o total apoio do Clube Atlético Mineiro. Se tal medida trouxer benefícios a todos, então somos favoráveis”, afirmou a assessoria do Galo sobre o assunto.
Os clubes da Série A ainda conversam sobre como seria tal compra, mas até mesmo sócios-torcedores poderiam ser imunizados pela compra de vacinas, mesmo estando fora dos chamados ‘grupos prioritários’. A mobilização inicial partiu do presidente do Furacão, Mário Celso Petraglia, e exposta em conversas com dirigentes dos times da Série A. E também apoiada por algumas federações.
No projeto, a compra de vacinas pela iniciativa privada será permitida se parte destas doses for cedida ao Sistema Único de Saúde (SUS) na forma de doação, além de que todo o calendário de imunização, priorizando aqueles que estiveram com maior risco de contrair Covid-19, serem os primeiros a serem imunizados.
“Somos favoráveis à compra de vacinas pela iniciativa privada desde que exista o percentual para o SUS. Esse assunto já foi tema de conversa entre os clubes daqui do Ceará e todos foram unânimes em concordar”, disse Mauro Carnélio, presidente da Federação Cearense.
A justificativa do dirigente da FCF é de que a vacinação feita pelos clubes também poderia ajudar na redução de custos com testes, que geralmente são feitos três vezes por semana nos atletas. Mas nem todas as entidades estaduais tem a mesma posição dos cearenses, caso da Federação Paulista de Futebol (FPF), que não discutiu o assunto com seus clubes. Com todos os problemas quanto à paralisação de campeonatos por causa de decretos de restrição, a Série A poderia ter no projeto um modo de conseguir realizar os jogos sem problemas, segundo a visão.
O projeto de lei ainda precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas este enfrenta oposição de críticos do projeto e da escassez de doses de imunizantes em curto prazo
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