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Carlos Bianchi: lenda por aqui e flop na Europa

Multicampeão na América do Sul, Carlos Bianchi teve passagens fracas no Velho Continente.

Por Alexander Rodrigues em 27/05/2021 11:40 - Atualizado há 3 meses

Carlos Bianchi
Corriere della Sera

 

Em uma era onde os treinadores argentinos fazem sucesso mundo afora é preciso lembrar que apesar de serem muito talentosos, eles provavelmente não são melhores do que o personagem da nossa matéria, Carlos Bianchi.

Carlos Bianchi não é apenas um dos melhores treinadores da América do Sul como do mundo, de todos os tempos e os números da sua brilhante carreira falam por si.

Sete campeonatos argentinos, quatro Libertadores e três Intercontinentais de clubes são números assustadores. O argentino marcou época primeiro com Vélez e depois com Boca.

Ele é o treinador com o maior número de conquistas da Copa Libertadores da história e nas suas três glórias no mundial de clubes bateu duas vezes o Milan e uma o Real Madrid.

Tudo isso nos faz pensar: por que ele nunca deu certo na Europa como os argentinos dessa geração? E nós vamos explicar como foram suas experiências fora da América do Sul.

O INÍCIO DE CARLOS BIANCHI

Primeiro de tudo, Bianchi já começou como treinador na Europa, mais precisamente na França, onde carregava o prestígio da época de jogador quando foi por cinco vezes artilheiro do campeonato francês.

Sua primeira experiência foi no mesmo clube onde encerrou a carreira de atleta, o Stade de Reims, onde ficou de 1985 a 1988.

E apesar de nunca ter conseguido subir o time para a primeira divisão, Bianchi conseguiu levar os Les rouges et blancs a duas semifinais de Copa da França, em 87 e 88.

Isso foi o suficiente para que o Nice que estava na primeira divisão o contratasse para a temporada 89/90, onde o máximo que conseguiu foi evitar o rebaixamento dos Les Aiglons, terminando na 18ª posição da Ligue 1.

Mesmo com mais dois anos de contrato com o Nice, Bianchi deixou o clube ao final da temporada para ser diretor esportivo do Paris FC, o “primo pobre” da cidade luz.

O RETORNO DE CARLOS BIANCHI À EUROPA

Depois da experiência como diretor, o argentino voltou a sua terra natal para ter os primeiros sucessos da sua carreira, sendo campeão nacional, continental e mundial com o Vélez Sarsfield, entre 93 e 96.

Isso fez com que a Roma fizesse uma proposta para o professor retornar à Europa e dessa vez para um clube e um campeonato relevantes mundialmente.

Bianchi assumiu uma Roma que vinha de um quinto lugar na temporada anterior da Serie A e que não havia ido muito longe nas Copas que participou.

O argentino trouxe seu compatriota Roberto Trotta do Vélez com esperança de fazer uma boa temporada, porém foi um verdadeiro fracasso.

Com um time que contava com nomes como Aldair, Balbo e a jovem estrela Francesco Totti, Bianchi durou nove meses no cargo, sendo demitido após uma campanha de 12 vitórias, 9 empates e 10 derrotas, deixando a equipe da capital na 12ª posição da serie A, sendo eliminado cedo da Coppa Italia e Copa da UEFA.

SUCESSO NO BOCA E OUTRA CHANCE NO VELHO CONTINENTE

Após o fracasso na Roma, Bianchi retornou ao seu país para treinar o Boca Juniors, onde marcou história, conquistando mais quatro Ligas argentinas, três Libertadores e dois Intercontinentais de clubes nas suas passagens de 98 a 2001 e de 2003 a 2004.

Isso fez com que ele retornasse à Europa agora como lenda na América do Sul e dessa vez o desafio era mais um time de capital, o Atlético de Madrid, que contratou o argentino na temporada 2005/2006.

O Atleti vinha de uma temporada fora dos dez primeiros em La Liga, mas de uma semifinal de Copa do Rei. Além disso, o time contratou o atacante Mateja Kezman e o meia Maxi Rodríguez para adicionar a um elenco que já contava com nomes como Fernando Torres e Gabi.

E de novo as coisas não correram bem com o time não encaixando. Depois de uma sequência de oito jogos sem vitória, a derrota no jogo de ida da Copa do Rei para o Zaragoza foi a gota d’água e ele acabou sendo demitido após seis meses no clube.

Depois de mais esse dissabor, Bianchi anunciou a sua aposentadoria como treinador também devido a problemas familiares. Ele até retornou à beira do gramado para comandar o Boca entre 2013 e 2014, mas depois disso nunca mais voltou a comandar um time.

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