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Intervenção de Bolsonaro na CBF pode tirar Brasil da Copa do Mundo

Regulamento da Fifa prevê punições as Federações caso exista qualquer tipo de interferência política

Por Flavio Souza em 07/06/2021 09:51 - Atualizado há 3 anos

A última semana foi repleta de notícias envolvendo a CBF e a seleção brasileira, dentro e fora de campo. No domingo (6), aconteceu o afastamento temporário de Rogério Caboclo da presidência da entidade. Mas existe uma indefinição relacionada a continuidade do técnico Tite. Conforme apurado pelo jornal AS, o presidente Jair Bolsonaro, estaria agindo nos bastidores para que o atual treinador da seleção Canarinho seja demitido. Inclusive, Renato Portaluppi seria o nome desejado por Bolsonaro.

Só que esta situação pode render punições para a CBF e por consequência ao Brasil, esportivamente falando. O regulamento da Fifa prevê, no seu artigo 15, que os membros “devem ser independentes e evitar qualquer forma de interferência política“. Caso seja comprovado que essa ou outra regulamentação não tenha sido seguida, a punição seria uma multa de mais de 56 mil reais, além da “proibição de participar de qualquer atividade relacionado ao futebol por um máximo de dois anos“.

Conforme está descrito no item 16 do mesmo regulamento, um membro da Fifa que seja suspenso, não pode exercer nenhum dos seus direitos, previstos no item 13 (direitos dos membros associados). Dentre eles está descrito sobre “participar das competições organizadas pela Fifa“. Dessa forma, o Brasil, através da CBF, poderia ficar fora da Copa do Mundo do Qatar em 2022.

Mais informações sobre a CBF

A entidade que gere o futebol brasileiro está lidando com duas crises simultâneas. A primeira que veio a público foi de um racha entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e a seleção brasileira. Os jogadores reclamam de como a mudança da sede da Copa América foi conduzida. Existe uma insatisfação pelo fato do dirigente não ter comunicado previamente o elenco. Dessa forma, eles entendem que a seleção estaria sendo usada para fins políticos. A situação gerou um “motim” interno, colocando em risco até a participação do Brasil na Copa América.

Inclusive, esse conflito seria o que teria motivado a intervenção de Bolsonaro, no sentido de auxiliar na mudança do treinador. O próprio Caboclo também estaria trabalhando neste sentido. Mas essa situação pode ter mudado por conta do afastamento do presidente da CBF. Isso porque foi divulgada uma denúncia de assédio sexual e moral contra o dirigente por parte de uma funcionária da entidade.

A pressão aumentou dia após dia, inclusive com diretores da entidade e patrocinadores cobrando uma posição do presidente. Por conta disso, a Comissão de Ética do Futebol determinou o afastamento de Rogério Caboclo no último domingo (6), por pelo menos 30 dias.

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