Gabriela Chibana foi a primeira atleta brasileira a competir no judô dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, na noite desta sexta-feira, manhã de sábado no Japão.
Na estreia da categoria até 48kg, vitória relâmpago por ippon contra Harriet Bonface, do Malawi. Depois, nas oitavas, Chibana perdeu de Distria Krasniq, do Kosovo, e foi eliminada.
Mas a história de Gabriela Chibana vai muito além do tatame. Enfermeira de formação, a paulistana esteve na linha de frente na pandemia de Covid-19.
“É uma profissão linda que se coloca na linha de frente para cuidar e salvar vidas, essencial nos dias atuais de pandemia e em meio a uma queda da cobertura vacinal no Brasil”, disse a atleta ao “O Globo” antes das Olimpíadas.
A judoca se formou em enfermagem no final de 2019, pouco antes da pandemia do novo coronavírus tomar conta do mundo. Seu TCC foi sobre as diversas causas da hesitação vacinal.
“O que espero é que as pessoas se conscientizem, percebam que a ciência evoluiu e que há mais de 200 anos a vacinação se mostra eficiente. Seu custo benefício é grande”, comentou na entrevista.
“A hesitação pode ocorrer por questões religiosas, receio em relação à eficácia e outros fatores. Mas o poder das fake news foi o que mais me chamou a atenção durante meu trabalho de TCC. Mais do que nunca é preciso filtrar as informações”, completou.
Família judoca
Gabriela Chibana tem 27 anos de idade e é neta de japoneses. Ela é integrante do clã Chibana, famoso na Zona Leste de São Paulo, e foi a segunda da família a chegar nos Jogos Olímpicos.
Charles Chibana, seu primo, foi o primeiro, competindo nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, na categoria até 66kg.
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