O confidente de Mike Tyson, ex-guarda-costas e chofer, Rudy Gonzalez, revelou detalhes da carreira do ex-boxeador recentemente. Além do talento bruto e o treinamento de elite do nova-iorquino, outros aspectos da carreira da lenda do esporte foram importantes na construção da caminhada vitoriosa nos anos 80. De acordo com o parceiro do ex-atleta, o acúmulo emocional antes das lutas fazia com que o Tyson tivesse reações inesperadas e comportamentos inusitados. O medo de matar o adversário no ringue era constante pelo alto nível de adrenalina nas preparações.
“Um dos maiores segredos com Mike era que ele precisava fazer sexo no camarim antes das lutas. Eu teria que encontrar uma groupie, não importava quem fosse. Ele dizia ‘se eu não transar, vou matar esse cara agora’. Mike teve que transar para liberar um pouco da força que ele tinha. Então, eu tinha as meninas escondidas em banheiros e vestiários. Seu maior medo era matar alguém naquele ringue. Ele sabia que poderia fazer isso”, disse Rudy.
O choro de Tyson
Gonzalez esteve ao lado de Tyson desde meados dos anos 80, vendo sua ascensão nas fileiras amadoras. Na época, chegou a ficar invicto em 27 lutas e com um recorde de 12-0 somente em 1986.
O lendário treinador Cus D’Amato, que se tornou o guardião legal de Tyson depois de cumprir pena na prisão juvenil , transformou o jovem criminoso em um fenômeno de boxe poderoso. Contudo, um ano antes de fazer o confronto histórico com Berbick, D’Amato faleceu. Como resultado, o lado emocional do boxeador aflorou ainda mais.
“Mike costumava cair em lágrimas antes das lutas. Ele tinha um problema de ansiedade em que ficava desesperado com a ansiedade de não se sentir bem o suficiente ou de não querer estragar tudo. Ele nunca recuperou a perda de Cus, porque encontrou alguém especial que teve fé nele e o salvou das profundezas do inferno. Ele usou cada uma dessas emoções por tanto tempo quanto pôde – e é por isso que ele entrou no ringue com tudo isso e deu uma surra em Berbick”, concluiu.
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