Home Futebol Brasil foi o país da América Latina com maior lucro em venda de jogadores na última década, superando inclusive países europeus

Brasil foi o país da América Latina com maior lucro em venda de jogadores na última década, superando inclusive países europeus

Receitas com transferências de jogadores seguem sendo uma das principais fontes de renda dos clubes brasileiros

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.

Finalizando a série de matérias especiais do Torcedores.com relacionadas a finanças neste fim de ano, trazemos os dados oficiais da Fifa em relação aos lucros que as chamadas “Ligas Emergentes” tiveram com vendas de atletas de 2011 a 2020.

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Conforme publicamos, mais de sete mil jogadores foram vendidos para o futebol estrangeiro na última década. E apesar do faturamento médio por venda ser abaixo de diversos países de menor expressão na Europa, o lucro do Brasil está entre um dos maiores no mundo neste quesito. Descontando os valores em contratações efetuadas, o futebol brasileiro conseguiu arrecadar mais de R$ 11 bilhões.

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Sem considerar as potências europeias, é um valor bem expressivo. Apenas Portugal, com quase R$ 17 bilhões esteve acima do Brasil neste quesito. Na América Latina o segundo país melhor colocado foi a Argentina, com quase R$ 5 bilhões.

Confira os lucros das ligas emergentes – 2021 a 2020 (US$)

  • Portugal – US$ 2.956 bilhões
  • Brasil – US$ 2.002 bilhões
  • Holanda – US$ 1.295 bilhões
  • Argentina – US$ 883 milhões
  • Bélgica – US$ 571 milhões
  • Uruguai – US$ 512 milhões
  • Croácia – US$ 442 milhões
  • Ucrânia – US$ 363 milhões
  • Áustria – US$ 335 milhões
  • Suécia – US$ 301 milhões
  • Colômbia – US$ 290 milhões
  • Polônia – US$ 203 milhões
  • Dinamarca – US$ 194 milhões
  • Romênia – US$ 191 milhões
  • República Tcheca – US$ 179 milhões
  • Paraguai – US$ 121 milhões
  • Equador – US$ 117 milhões
  • Sérvia – US$ 95 milhões
  • Coreia do Sul – US$ 79 milhões
  • Bulgária – US$ 65 milhões
  • Gana, Escócia e Venezuela – US$ 50 milhões
  • Chile – US$ 45 milhões

Mais informações sobre o ranking de receitas

O fato de seremos o país que mais vendeu jogadores na última década ajuda a entender o lucro citado acima. Além disso, é importante lembrar que por enquanto são raros os casos de grandes investimentos dos clubes brasileiros para contratar jogadores que estejam no futebol europeu. Apenas nos últimos tempos estamos vendo exemplos como o Flamengo e Atlético-MG.

Um ponto que chama atenção é o lucro que Portugal obteve no mesmo período. Isso inclusive é algo que pode ser usado como exemplo para os clubes do Brasil. O futebol português hoje acaba captando jovens talentos, principalmente do nosso futebol e conseguindo quantias consideráveis ao revender os atletas, após valorização no futebol europeu. Hoje temos o Palmeiras agindo de forma parecida na América do Sul.

A diretoria do Verdão vem buscando jogadores que podem dar retorno técnico, mas que também podem gerar lucro ao clube. Um exemplo recente é o lateral Viña. O clube investiu mais de R$ 28 milhões para comprar o jogador junto ao Nacional-URU em janeiro de 2020. Posteriormente, em agosto de 2021, o atleta foi vendido para a Roma por cerca de R$ 83 milhões.

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