A pandemia do Covid-19 impactou todo o mundo esportivo e o Brasil não foi exceção, principalmente em relação ao faturamento dos clubes e ligas. Mas o futebol brasileiro já vem mostrando uma queda nas receitas há tempos.
Durante anos fomos a 6ª maior liga no mundo em termos de arrecadação. Apenas Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália apresentavam desempenho superior. Mas com a desvalorização do Real, somado aos problemas da pandemia, o Brasil hoje ocupa apenas o 9º lugar em receitas, somando os valores dos 20 principais clubes do país.
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Em 2012 o futebol brasileiro viveu seu melhor momento, com receitas superiores a R$ 9 bilhões. Mas em 2020 esse valor caiu para menos de R$ 4 bilhões. É o menor montante desde 2005, ano onde o Brasil conseguiu R$ 3.829 bilhões em termos de receitas.
Gabigol é o jogador mais valioso do futebol brasileiro
Receitas do futebol brasileiro – 2003 a 2020
Para efeitos de comparação, o estudo da Sports Value, utilizado como base para essa matéria, considerou apenas os times que disputam as primeiras divisões dos seus países. Veja o valor do futebol brasileiro ano a ano (sem considerar transferências de jogadores):
- 2003 – R$ 2.190 bilhões
- 2004 – R$ 2.397 bilhões
- 2005 – R$ 3.829 bilhões
- 2006 – R$ 3.887 bilhões
- 2007 – R$ 4 bilhões
- 2008 – R$ 3.887 bilhões
- 2009 – R$ 5.732 bilhões
- 2010 – R$ 7.831 bilhões
- 2011 – R$ 8.291 bilhões
- 2012 – R$ 9.29 bilhões
- 2013 – R$ 7.147 bilhões
- 2014 – R$ 7.204 bilhões
- 2015 – R$ 6.146 bilhões
- 2016 – R$ 8.895 bilhões
- 2017 – R$ 7.607 bilhões
- 2018 – R$ 6.635 bilhões
- 2019 – R$ 7.262 bilhões
- 2020 – R$ 3.864 bilhões
Mais informações sobre os estudos de receitas
O estudo da Sports Value mostra que o futebol brasileiro deixa de explorar outras fontes de receitas, que poderiam não só minimizar a queda por conta da pandemia como até mesmo a questão da desvalorização do Real.
Em 2020, o Brasil arrecadou quase R$ 1.9 bilhão com direitos de TV da Série A do Brasileirão. É um valor inferior ao do futebol turco (R$ 2,16 bilhões) e a liga portuguesa (R$ 2 bilhões).
Mas o que mais chama atenção é o valor relacionado a marketing (patrocínios e vendas de produtos). A primeira divisão do futebol brasileiro teve um faturamento de R$ 575 milhões. Rússia (R$ 4.3 bilhões), Estados Unidos e Holanda (R$ 1.8 bilhão), Turquia (R$ 1.5 bilhão), Áustria (R$ 943 milhões), Portugal (R$ 925 milhões), Bélgica (R$ 718 milhões), Suíça (R$ 649 milhões) e Dinamarca (R$ 621 milhões) superam o Brasil neste quesito.
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