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Conforme mapeamento da Fifa, 7.300 mil atletas brasileiros deixaram o país nos últimos anos para jogar no futebol estrangeiro. Isso representou um total de US$ 2.8 bilhões (cerca de R$ 16.06 bilhões) em receitas. Em termos de faturamento, o futebol brasileiro é líder na América Latina, superando países como México, EUA, Argentina e Uruguai, por exemplo, e ficando atrás apenas da Espanha, Inglaterra, França, Portugal, Itália e Alemanha.
Mas um detalhe importante do estudo, publicado pela Sports Value, é que o valor individual por jogador, em média, foi de US$ 383 mil (aproximadamente R$ 2.199 milhões). É um valor muito abaixo do que arrecadado por diversos países europeus. Em relação ao valor por atleta ficamos atrás de países como Bélgica, Rússia, Holanda, Ucrânia, Turquia, e até mesmo Dinamarca, sendo o 13º neste quesito.
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Dependência do futebol brasileiro
Esses números mostram um cenário que deixa claro o quanto os clubes do Brasil seguem dependentes das receitas de vendas de atletas. E apesar do valor considerável arrecadado na última década, isso também deixa claro que hoje vendemos muito mais na “quantidade” do que na “qualidade”. Por fim, citamos a desvalorização da nossa moeda em relação ao dólar / euro. Isso faz inclusive com que clubes de pequeno / médio porte na Europa invistam em atletas que jogam no Brasil, mas pensando não só no aspecto técnico, como em uma valorização e venda futura.
Portugal exemplifica bem isso. Conforme dados da Fifa, o futebol português teve 4200 mil atletas vendidos no período. Porém, a arrecadação foi de US$ 4.3 bilhões (superior a R$ 24 bilhões). Isso representa uma média de US$ 1 milhão (quase R$ 6 milhões) por jogador.
Outro detalhe importante é que Portugal-Brasil representa a maior quantidade de jogadores transferidos na última década, enquanto as mais rentáveis envolvem Espanha-Inglaterra e França-Inglaterra.
Confira o ranking de receitas em vendas de jogadores – 2011 a 2020 (país / receitas US$ / jogadores vendidos / valor por jogador US$)
- Espanha – US$ 6.2 bilhões – 4.400 mil jogadores – US$ 1.4 bilhão
- Inglaterra – US$ 5.2 bilhões – 6.500 mil jogadores – US$ 800 milhões
- França – US$ 4.9 bilhões – 4 mil jogadores – US$ 1.2 bilhão
- Portugal – US$ 4.3 bilhões – 4.200 mil jogadores – US$ 1 bilhão
- Itália – US$ 4.2 bilhões – 3.700 mil jogadores – US$ 1.13 bilhão
- Alemanha – US$ 3.4 bilhões – 3.500 mil jogadores – US$ 971 milhões
- Brasil – US$ 2.8 bilhões – 7.300 mil jogadores – US$ 383 milhões
- Holanda – US$ 2 bilhões – 2.100 mil jogadores – US$ 952 milhões
- Bélgica – US$ 1.5 bilhão – 2.500 mil jogadores – US$ 600 milhões
- Argentina – US$ 1.3 bilhão – 4.300 mil jogadores – US$ 302 milhões
- Rússia – US$ 900 milhões – 2.300 mil jogadores – US$ 391 milhões
- Ucrânia – US$ 900 milhões – 1.500 mil jogadores – US$ 600 milhões
- Turquia – US$ 800 milhões – 1.700 mil jogadores – US$ 470 milhões
- México – US$ 600 milhões – 1.800 mil jogadores – US$ 333 milhões
- Uruguai – US$ 600 milhões – 2.300 mil jogadores – US$ 260 milhões
- Croácia – US$ 500 milhões – 1.600 mil jogadores – US$ 312 milhões
- Dinamarca – US$ 500 milhões – 1.300 mil jogadores – US$ 384 milhões
- Suécia – US$ 400 milhões – 1.700 mil jogadores – US$ 235 milhões
- Grécia – US$ 400 milhões – 2.400 mil jogadores – US$ 166 milhões
- Colômbia – US$ 400 milhões – 2.800 mil jogadores – US$ 142 milhões
- Polônia – US$ 300 milhões – 1.500 mil jogadores – US$ 200 milhões
- Sérvia – US$ 300 milhões – 2.200 mil jogadores – US$ 136 milhões
- Estados Unidos – US$ 200 milhões – 2.400 mil jogadores – US$ 82 milhões
- Chipre – US$ 100 milhões – 1.500 mil jogadores – US$ 66 milhões
- Gana – US$ 100 milhões – 1.500 mil jogadores – US$ 66 milhões
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