Muitos acham que o processo que levou a Sociedade Sportiva Palestra Italia de Minas Gerais a mudar de nome para o atual Cruzeiro tem a ver com a Segunda Guerra Mundial e de certa forma isso está certo. Porém, a história toda teve contornos mais profundos antes mesmo do confronto global acontecer e é sobre isso que o site Torcedores vai te contar.
Todo o caminho que o Palestra Itália de Minas levou até ser chamado de Cruzeiro começou no ano de 1936, quando dirigentes e ex-atletas do clube deram o pontapé inicial a um processo de nacionalização da instituição que foi fundada em 2 de janeiro de 1921 por esportistas da colônia italiana de Belo Horizonte.
O grupo que visava a mudança era chamado de Ala Renovadora. A intenção do grupo era mudar o nome do clube que já havia deixado de ser uma associação exclusiva da colônia italiana e por isso não havia mais sentido em se usar ‘Itália’ no nome.
Renovadora Football Club
A ideia não colou muito de início, mas aos poucos foi ganhando seguidores, que logo chegaram à conclusão de que o clube deveria se chamar de Renovadora Football Club, alterando as cores de verde e vermelho para verde e branco, com a justificativa de que estavam substituindo o vermelho do sangue derramado por italianos para o branco da paz.
A equipe chegou até a realizar alguns treinamentos com essa nomenclatura, porém a maior parte da diretoria rejeitou a ideia e talvez o nome continuasse assim até hoje se não fosse o início do conflito armado na Europa, que mudou a história do clube.
Começa a guerra e nasce o Cruzeiro Esporte Clube
Em 30 de janeiro de 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, o Presidente Getúlio Vargas, que já havia declarado guerra aos países do Eixo (Itália, Alemanha e Japão), através de um Decreto-Lei, determinou a proibição do uso de termos e denominações referentes às nações inimigas.
E depois de algumas reuniões onde o clube chegou a se chamar Palestra Mineiro e Ypiranga, no dia 7 de outubro de 1942 foi aprovado o nome atual: Cruzeiro Esporte Clube, uma homenagem à constelação do Cruzeiro do Sul, presente no escudo republicano do Brasil, que foi sugerida pelo ex-presidente do clube Oswaldo Pinto Coelho.
