Para 2021, Mariana Becker chegou a Band com a nova cobertura para as transmissões da Fórmula 1. Em uma temporada marcada pela pandemia (de novo) e por uma disputa eletrizante entre Hamilton e Verstappen, a repórter falou com o Torcedores.
Confira a entrevista na íntegra:
Torcedores: Como foi a sensação de cobrir uma temporada disputada em uma nova emissora?
Mariana Becker: Foi uma sensação ótima e de renovação. Essa renovação é no sentido de ideias e possibilidades, pois, abri uma página em branco para desenhar o que quisesse.
Torcedores: sente falta de um maior descanso entre as etapas?
Mariana: Sim, sinto essa falta de descanso entre as corridas, mas não só eu. Pilotos, staff das equipes, também. E esse ano vai ser ainda pior com dois, três finais de semana seguidos com corrida.
Torcedores: Da imprensa internacional, qual repórter que mais admira?
Mariana: Olha, tem alguns caras que admiro. O Michael Schmidt, alemão, é um deles. Jornalistas como ele são muito confiáveis para checar informações e “trocar figurinha”.
Torcedores: Qual a principal diferença entre a F1 pré-pandemia e a atual?
Mariana: Tem muitas diferenças. Os voos, por segurança, tem mais escalas e isso acaba deixando nosso trabalho mais cansativo. A questão da distância de não poder mais se aproximar das pessoas. Testes de PCR fazemos a cada quatro dias. Por último, as máscaras acabaram com você decifrar a expressão do entrevistado. Por exemplo, se de repente, aquela pergunta foi incômoda ou não. Esse “entre e sai” de pessoas que ficam infectadas, também é muito ruim.
Torcedores: Dos chefes de equipe, o Günther Steiner é o mais gente boa, mesmo?
Mariana: O Günther não é tranquilo, não (risos). Ele é acessível. De forma geral, os chefes de equipe te recebem bem. O que, às vezes, dificulta é ter que falar com assessoria de imprensa. Também, nessa questão de proximidade, posso falar do Otmar Szafnauer. Eles são dois que a gente pode fazer uma piada o tempo todo.
Torcedores: Sente carinho especial do paddock pela imprensa brasileira? Por que?
Mariana: Não acho que exista esse carinho especial. O que faz diferença no tratamento é o tempo que o jornalista tem na categoria e , se um piloto ou equipe do seu país, está ganhando. A partir daí, os repórteres têm prioridade.
Torcedores: Acredita que Hamilton vai abandonar a carreira?
Mariana: Não acredito que o Hamilton vá se aposentar. Ele sabe o peso dele para a Fórmula 1. E digo isso, não só pela competição, em si, mas também, pelo personagem construído de uns anos para cá: esse cara da responsabilidade social.
Torcedores: A F1, hoje, já está polarizada, do ponto de vista do torcedor, entre Hamilton e Verstappen?
Mariana: Sim, a F1 está polarizada, entre os dois. Já tivemos isso em outras épocas, mas o que difere é essa coisa da rede social, Netflix. Com isso, a Fórmula 1 trouxe o público mais jovem. Além disso, os pilotos têm personalidades interessantes e são de uma nova geração que também possui seu dia a dia comum. Antigamente, era tudo mais controlado. Agora, a categoria se abriu para o mundo.
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