Com passagens por grandes clubes de Portugal, Turquia e Grécia, Vítor Pereira chegou ao Corinthians cercado de expectativa. Porém o Timão não foi o primeiro time do Brasil a tentar sua contração. Em entrevista coletiva concedida hoje, Vítor confirmou que recebeu propostas para trabalhar no futebol brasileiro.
“Eu já fui convidado para vir ao Brasil várias vezes. Não vou dizer os clubes, mas já tive convites. Eu sou um treinador do pormenor tático, estratégico. Isso que me motiva. Tenho certeza de que aqui temos um campeonato com qualidade”, declarou Vítor Pereira.
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“Antes não quis vir porque tinha a Champions League na Europa. A Libertadores é uma competição muito grande, de nível mundial. Uma experiência nova, vamos ver como vai ser. Vamos tornar a equipe mais forte, mais agressiva, mais competitiva, ter a posse de bola, reagir forte na perda e estar compacta. Vamos ver a resposta desse Corinthians no futuro”, complementou.
Confira outros trechos da coletiva de Vítor Pereira
Desafios de trabalhar no futebol brasileiro
“As longas viagens e também a densidade competitiva por muitos jogos consecutivos (serão os principais problemas). Vou ter que reformular minha metodologia de treino. Muitas vezes terei que trabalhar sem carga. Aspectos táticos, estratégicos, mas sem carga, porque os jogadores estão desgastados. Esse é o desafio e isso me estimula. Não tenho medo, quando me sinto desafiado é para aí que vou.”
Adaptação ao Brasil
“Mais do que a cidade, é nos adaptar a cultura. É mais fácil adaptar no Brasil do que na China, acredito que seja mais fácil. Culturalmente temos muitas coisas em comum, a língua facilita o entendimento. A grande dificuldade será o clima. Eu gosto de um jogo intenso. O que pretendo é um jogo intenso com qualidade e acredito que o calor afeta essa intensidade, mas com certeza os jogadores estão mais habituados. E vamos treinar com calor.”
Legado no Corinthians
“Eu gostaria de deixar títulos, além da qualidade de jogo é importante. Gosto de ganhar com qualidade de jogo, mas o importante é ganhar. É importante lutar, competir por títulos. Posso prometer muito trabalho de ir em busca de conquistas.”
O que motivou seu acerto com o Corinthians
“A dimensão do clube, da massa da torcida me estimula. E também teve a insistência do presidente e da direção, que me fez sentir que eu era o alvo. Eu também comecei a ter o carinho da torcida, que eles também queriam que eu viesse. Senti que ali estava vindo uma ligação e minha decisão foi de vir.
Essa honestidade, esse caráter da torcida de pessoas que vivem o futebol como se fosse sua própria vida. Que vive o clube como se nada mais existisse. O que senti é que uma torcida que apoia e cobra. Cobra quando não somos iguais a nós próprios. Nosso compromisso é dar tudo dentro de campo. O que vi, confirmou com o que disseram. Se cobrarem no fim é porque não gostaram, porque não fomos determinados e aí tem todo direito de cobrar. Mas é com essa cobrança que sou melhor. Quando começo a me sentir confortável, deixo de estar em estado de alerta. Preciso estar nesse ponto para estar no meu melhor, que é quando quero provar a mim mesmo.”
Busca por títulos
“Os jogadores já ganharam muita coisa. Mas está no passado. Eu também ganhei, mas agora quero continuar ganhando. É um desafio diário, para chegar ao jogo e provar que continuamos com vontade de ganhar. É esse espírito que quero na minha equipe.”
Análise do Corinthians
“Foi bom para mim ver o jogo ao vivo, ainda mais da dimensão, com uma equipe qualificada como o Red Bull Bragantino. Nossa dinâmica de trabalho é sempre essa. Fazemos um vídeo compacto sobre o jogo anterior, o que fizemos bem, o que precisamos melhorar. É com base nesse vídeo que vamos trabalhar na semana, que vou planejar os treinos. E começamos a pensar no adversário da semana seguinte.
