Botafogo: Tchê Tchê faz forte declaração contra o racismo
Confira o que disse o camisa 6 do Glorioso
Vitor Silva/Botafogo
O meia Tchê Tchê, do Botafogo, se manifestou sobre o desafio de lutar contra o racismo. Em um texto publicado no “The Player’s Tribune”, o camisa 6 do Glorioso fez referências as ideias dos defensores de direitos humanos Martin Luther King e Malcolm X e disse que a dupla estimula a sua luta para que a sociedade pare de julgar outras pessoas pela cor da pele.
Em um trecho do texto, o jogador diz:
“Dar poder, oportunidade, direitos e reparação pro povo preto não significa vingança. Significa ser um país melhor, humano, decente.”
E completou, dizendo:
“Então… Se fosse simples como deveria ser, a gente não estaria lutando há tanto tempo. E se com luta a realidade já é ruim, péssima, imagina sem? Tem uma galera que acha ruim dizer “luta”. Que é agressivo. Mas é luta, sim. E às vezes precisa ser guerra. Porque numa sociedade estruturada na exploração de corpos pretos escravizados, torturados e violentados de todas as formas, todo santo dia a gente precisa lutar pra ser reconhecido como ser humano. A gente luta pra ter o direito de existir, o direito de ser, o direito de sonhar e habitar esse planeta onde eu e você encarnamos juntos. É diferente de sonhar ou lutar pra ir pra Disney, sei lá. “Cê” entende o que eu tô dizendo?”
O camisa 6 do Fogão tem tatuagens de Martin Luther King e Malcom X espalhadas pelo corpo, que foram feitas após ele ser alvo de racismo quando ainda jogava no futebol da Ucrânia.
Jogador do Botafogo lamenta o racismo no Brasil
Ainda no texto, Tchê Tchê lamentou a maneira como o preconceito segue assolando o país:
“Eu sinto assim, ó: quando a gente vem da periferia, parece que o tempo todo, em tudo quanto é lugar, querem te impedir de sonhar. E nem é consciente, tá ligado? O preconceito tá no DNA das pessoas, elas nem se dão conta.”
No final, o camisa 6 do Fogão reafirma:
“Lutar contra o racismo é o único lado certo.”

