Aloísio apresenta o filho a Rogério Ceni
O ex-atacante Aloísio Chulapa se emocionou ao contar em entrevista para Benjamin Back, no programa do YouTube ‘Benja Me Mucho‘, que Rogério Ceni pediu para que ele seguisse no São Paulo no fim de 2007.
O então atacante do Tricolor recebeu uma proposta do Al Rayyan, do Catar, então comandado por Paulo Autuori – com quem foi campeão mundial em 2005 -, para receber, segundo o mesmo, “cinco ou seis vezes mais”.
Ele estava pronto para assinar contrato, mas Rogério Ceni o chamou após um treino, revelou que Adriano Imperador chegaria ao São Paulo, e foi atrás da diretoria para oferecer a renovação de contrato a Aloísio.
Leia o trecho em que Aloísio revela o papel de Rogério Ceni sobre sua permanência no São Paulo para a temporada 2008:
“Saímos da Libertadores e o Paulo Autuori estava em Doha (no Catar), no Al Rayyan. Então ele mandou me contratar para eu ir embora para lá. Era cinco, seis vezes mais do que eu ganhava no São Paulo e mais uma bolada na mão (em luvas). Vou contar pela primeira vez, desculpa patrão, desculpa Rogério Ceni. Aí ficou então: ‘vou, não vou'”, revelou Aloísio, que seguiu:
“Disseram que ia contratar o Adriano (por empréstimo da Inter de Milão) para o São Paulo, perto de eu assinar para ir embora. Aí quem me chama para conversar? O patrão, o Rogério Ceni. Ele me chamou assim e disse que estava sabendo que recebi uma proposta muito boa: ‘fico muito feliz de você ir para ajudar a família e Atalaia (AL), mas fico triste, porque eu queria que você ficasse aqui, porque a gente está trazendo o Adriano Imperador para vocês formarem as ‘Torres Gêmeas”. Eu já ia assinar contrato para viajar”, lembrou o ex-atacante do São Paulo.
“Aí eu disse: ‘e aí patrão, o que você acha?’ Ele disse: ‘por mim, eu renovava com você mais um ano e te dava uma luva, aumentava seu salário’. Era 2008. Ele disse: ‘eu fazia isso e não deixava você ir agora, mas como a proposta é boa e não bate na porta duas vezes…’ Eu disse então: ‘patrão, você sabe que eu tenho um carinho por você, eu estou aqui hoje também e tem a sua mão. Então se eles fizerem isso, por você, eu fico.’ Eu juro por Deus. Se me dessem, deixava de ir embora”, contou um emocionado Aloísio, que concluiu a história.
“Eu disse: ‘não quero saber (quanto vou ganhar no Catar). Se aumentar mais um ano e mais um pouquinho do meu salário…’ Não chegava nem perto, nossa senhora. Mas se fizesse, eu ficava. Ele foi lá para dentro. Foi conversar com o presidente, com o Muricy, todo mundo. O presidente mandou me chamar lá dentro, disseram pega a caneta aí. Não fui, fiquei. Estou te contando isso de coração.”
Aloísio seguiu no São Paulo e conquistou mais um título brasileiro, mas saiu antes do fim da competição. Após nove meses da renovação, ele enfim assinou com o Al Rayyan, do Catar, poucos meses após o retorno de Adriano para a Inter de Milão.

