Bola de futebol rodeada de cédulas (Divulgação)
Em 2023 os 20 principais clubes do Brasil gastaram um total de R$ 6,9 bilhões para manter seus departamentos de futebol, conforme estudo da empresa Sports Value, especialista em marketing esportivo. Foi um aumento superior a 20% em relação aos valores gastos em 2022.
Porém quando atualizamos esses dados com base na inflação dos últimos anos é possível perceber que a maior parte das equipes brasileiras vem conseguindo fazer uma boa gestão neste quesito. Coritiba, Ceará, Atlético-MG e Internacional, por exemplo, reduziram seus custos.
Já Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Fluminense e Botafogo tiveram um aumento da despesa com futebol. No caso do Fogão, o cenário é de atenção, visto que o time carioca teve um custo maior do que suas receitas em 2023.
Veja abaixo um resumo dos custos de futebol em 2023 das principais equipes do futebol brasileiro


Equilíbrio entre receitas e despesas
A folha salarial é o principal gasto das equipes brasileiras. O investimento em salários para manter elencos competitivos é sempre uma aposta. Vários clubes apostaram em contratações de peso que não deram certo e posteriormente tiveram que arcar com o prejuízo. Por outro lado, já vimos times mais modestos que deram retorno dentro de campo e lucro fora deles.
Em relação aos valores mapeados acima é importante citar quais equipes tiveram uma variação na sua receita superior ao gasto com futebol.
O Flamengo é um deles, com faturamento acima de R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 17%, superior aos 14% de aumento nas despesas de futebol.

Cenário para os próximos anos
A tendência é que os custos com futebol sigam aumentando nas próximas temporadas. Os aumentos de investimentos em contratações aliados as altas folhas salariais seguem sendo um desafio para os times do Brasil.
Ampliar o uso das categorias de base e garimpar valores desconhecidos é um dos caminhos, tanto pensando no retorno técnico como financeiro. Além disso, as equipes brasileiras precisam ampliar suas fontes de receitas, principalmente para diminuir sua dependência dos valores recebidos com direitos de TV e venda de jogadores.
Nos últimos anos isso já vem acontecendo, mas o potencial de crescimento em outras formas de arrecadação, como marketing, matchday e outros, é algo que pode fazer a diferença nas finanças de vários clubes.

