Edmilson em jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002 - (Clive Brunskill/Getty Images)
Fundamental na conquista da Copa do Mundo de 2002, o ex-volante Edmilson relembrou a fase que o Brasil passava antes do Mundial. Assim, comparou o momento vivido na época com a atualidade após o empate diante do Equador por 0 a 0. De acordo com o ex-jogador, ele confia no trabalho de Carlo Ancelotti e nos jogadores para uma boa competição em 2026.
Edmilson revelou bastidores da Copa das Confederações de 2001, um ano antes da Copa do Mundo, na qual o Brasil ficou me 4º lugar. “Eu participei da Copa das Confederações no Japão, em 2001. O treinador naquela época era o Emerson Leão. Dos 23 convocados, poucos jogadores foram para a Copa do Mundo”, contextualizou o penta.
Emerson Leão foi realmente demitido após a eliminação na primeira fase. Felipão assumiu, e em menos de um ano fez uma revolução na Seleção Brasileira. Esse enredo é bem parecido com a chegada de Carlo Ancelotti, ainda em seu começo de trabalho. Edmilson destacou a necessidade de “deixar o Ancelotti trabalhar, entender realmente o que é futebol brasileiro”.
Revolução de Felipão na Seleção
Comparando as listas da Copa das Confederações de 2001 e da Copa do Mundo de 2002, notamos uma grande mudança. Isso porque o técnico Felipão fez uma grande revolução no grupo que foi para a Ásia em busca do penta. Em resumo, apenas oito jogadores, dos 23 que jogaram com Emerson Leão, ficaram no elenco. De fato, Scolari manteve apenas Dida, Rogério Ceni, Lúcio, Anderson Polga, Belletti, Júnior, Juninho Paulista e Vampeta.
Carlo Ancelotti fez um movimento parecido em sua primeira convocação, trazendo de volta alguns jogadores que estavam afastados como Danilo, Casemiro e Richarlison. Há grande possibilidade de que o time do italiano mude muito em relação ao de Dorival ao longo do tempo. Por isso, Edmilson mostra otimismo na participação do Brasil na Copa do Mundo 2026. “Mesmo com todas as dificuldades de encontrar um técnico para isso [vencer o Mundial], acredito nos jogadores brasileiros. O Brasil sempre entra para ser campeão”, concluiu o ex-Barcelona.
Edmilson destaca o papel das lideranças na Copa do Mundo
Outro ponto levantado por Edmilson no seu comentário foi sobre a presença de lideranças no elenco de 2002. De acordo com o ex-jogador, ele vê uma falta de boas lideranças no time de 2025. “Nós tínhamos quatro pilares dentro de campo que foram fundamentais. Nas convocações mais recentes não tivemos jogadores com perfil de liderança“, analisou.
Edmilson destacou que os líderes (capitães) do elenco têm um papel importante de fazer o controle de situações internas. “Os jogadores têm funções fora de campo também. Aconselhar os mais jovens, reprimir excessos… Essa mescla foi importante em 2002”, disse.

