Em tempos tão sombrios da história do Vasco, o que resta é lembrar grandes times e títulos históricos que marcaram a trajetória do clube. É o caso do time de 2000, formado por Romário e companhia, que tem uma dessas lembranças épicas em seu currículo. Quem não lembra da final daquela Copa Mercosul contra o Palmeiras, não é mesmo?
Pois a façanha completa 21 anos nesta segunda, 20 de dezembro, e o Torcedores.com relembra como foi aquela conquista vascaína.
Campanha do Vasco na Copa Mercosul 2000
O Vasco fez parte do Grupo E, com Atlético-MG, Peñarol e San Lorenzo, e passou de fase na 2ª colocação da chave com 10 pontos ganhos. Já nas quartas de final, bateu o Rosário Central nos pênaltis, após dois resultados de 1×0 para cada equipe. Daí veio a semi contra o River Plate, e assim como na Libertadores de 1998, o Vasco bateu a equipe argentina. Resultado de 4×1 pro Gigante da Colina em pleno Monumental de Nuñez, e 1×0 em São Januário.
Chegamos então na grande final contra o Palmeiras, onde o regulamento previa três jogos em caso de ‘igualdade’ nos dois primeiros. E foi o que aconteceu! 2×0 para o Vasco no 1º jogo em São Januário e 1×0 para o Palmeiras na 2ª partida no Parque Antártica. O jogo decisivo foi então para o próprio Parque Antártica, no dia 20 de dezembro de 2000.
Troca de técnico antes do jogo
Quatro dias antes do jogo, o Vasco enfrentou o Cruzeiro pelo semifinal do Brasileirão e empatou em casa. O então técnico, Oswaldo de Oliveira, deu o domingo de folga para os jogadores, o que desagradou Eurico Miranda, presidente do clube na época. O cartola resolveu mudar a programação, e Oswaldo não aceitou. Pois aí veio a surpresa: o técnico foi demitido, mesmo em meio à duas decisões. Naquele mesmo domingo à tarde, Joel Santana já treinava o time em São Januário.
O jogo:
O Palmeiras abriu incríveis 3×0 ainda no 1º tempo, com Arce de pênalti, Magrão de cabeça e Tuta com categoria. Muitos jogadores do Vasco na época, disseram que o clima era de ‘Já perdemos’ no vestiário. Mas aí veio uma bronca geral do técnico Joel Santana e de Eurico Miranda, e o time veio com outra postura na segunda etapa.
“Quando começou o segundo tempo, todo mundo estava ciente da dificuldade que seria virar o placar, mas o grupo sabia que a reação era algo viável, pois tínhamos uma equipe de muita qualidade. E apesar de tudo, todos nós sabíamos que o mínimo que devíamos fazer era honrar a camisa do Vasco. E com o jogo rolando, foi tudo acontecendo e quando percebemos já tinha virado o jogo de uma forma incrível, eu tenho certeza de que nunca mais terá um jogo como este, foi algo inesquecível“, disse Pedrinho ao site oficial do Vasco.
Outro fator que pode ter dado motivação extra à equipe, foi o fato da torcida do Palmeiras ter gritado ‘É campeão!’ no intervalo. Pois aí foi o Vasco, abrindo o placar com Romário de pênalti, ampliando com o baixinho novamente de pênalti, e empatando com Juninho Paulista. Tudo dava a crer que o jogo ia para os pênaltis. Até que veio um dos gols mais épicos da história cruzmaltina. Viola levou pelo lado esquerdo, a bola sobrou pra Juninho Paulista dentro da área, que por sua vez, teve finalização bloqueada. Foi então que a bola ficou limpinha pra Romário fazer o quarto gol, e cravar a virada histórica. 4×3, e Vasco campeão da Mercosul.
Veja os melhores momentos de Palmeiras 3×4 Vasco:
https://www.youtube.com/watch?v=Ig2jzQrHDQo
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