Um dos maiores ídolos do século XXI no futebol inglês, Wayne Rooney disse, em entrevista ao The Times, que uma de suas maiores preocupações com a formação de novos jogadores é a maneira na qual eles atuam nas mídias sociais e de como precisam de auxílio para lidar com tal exposição durante os primeiros anos de carreira profissional.
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Rooney reforça que mais educação e informação são necessárias para jovens jogadores, além de instruções sobre como se comportar nas mídias sociais.
O meia do Derby County tem uma das maiores presenças nas redes sociais entre todos jogadores de futebol inglês ativo, com 17,1 milhões de seguidores no Twitter, 14,9 milhões na Instragam e 24 milhões no Facebook. Além disso, ele faz ações globais e internas na Inglaterra para a saúde e bem-estar psicológico de jovens jogadores de futebol.
Experiência
Aos 34 anos, Rooney admitiu ter aprendido através da experiência como se comportar corretamente online durante seus 18 anos de carreira, mas diz que atualmente é um grande problema para a saúde mental dos jovens jogadores em jogo.
“Até agora, o maior desafio que os jovens jogadores jogam é a mídia social. A mídia social é boa em alguns aspectos, mas também tem uma grande desvantagem e deve haver um curso que ensine aos jovens como usá-las […]”, disse.
“Algumas das mensagens que são boas, de incentivo, mas são os momentos ruins, seja individualmente, ou do time, que esses jovens jogadores precisam de auxílio do clube”, continuou.
Rooney completa explicando que quando jovem o Twitter ainda era algo novo e foi aprendendo a lidar com a ferramenta e como ela poderia ser nociva para ele psicologicamente.
Ele acredita que, quando mais cedo o jogador aprende a dinâmica e comportamento dos torcedores e imprensa nas redes sociais, mais rápido os jovens jogadores vão conseguir conviver com isso no restante da carreira.
“Vi jogadores entrando em jogo e a primeira coisa que eles fazem é olhar o Twitter. É claro que se ele tiver centenas de milhares ou milhões de seguidores, haverá pessoas que dirão coisas ruins a respeito. Acho que a pior coisa que você pode fazer como jogador é ver mensagens assim antes de uma partida”, relatou.
Racismo no futebol
Mesmo fora do local de fala do jogador, outro fator forte apresentado, não somente nos gramados ingleses, mas em boa parte do futebol europeu, são os cânticos e insultos racistas.
Só na Premier League desta temporada, os órgãos de governo do futebol se reuniram com representantes do Twitter e o Facebook em 2019 para tentar resolver uma onda de comentários abusivos e racistas dirigidos por jogadores negros. Tammy Abraham, Paul Pogba e Marcus Rashford foram alguns dos alvos.
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