Jornalista detona postura de Nathan em polêmica com Dudamel: “Mimado”
Meia do Atlético havia reclamado de alguns métodos do treinador venezuelano
As duras críticas de Nathan, meia do Atlético, dirigidas ao técnico Rafael Dudamel repercutiram bastante na imprensa esportiva. No Linha de Passe, programa veiculado nos canais ESPN, o jornalista Gian Oddi condenou as palavras do jogador do Galo.
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“São inacreditáveis as declarações do Nathan, pois elas contestam tudo aquilo que um técnico de futebol precisa fazer. É óbvio que ao chegar ele impõe aquelas regras que ele acredita que irão beneficiar a questão física e psicológica. Depois, ele opta pelo sistema tático que consider melhor. São duas coisas básicas. Eles são contratados para isso: administrar o elenco dentro e fora de campo. O que o Nathan disse só escancara o quão jogador de futebol no Brasil, na média, é mimado. É claro que existem exceções, mas na média é assim que funciona. Muitas vezes o jogador se coloca acima do técnico. É triste que seja assim, mas o técnico para ser respeitado no Brasil precisa ter nome, status e ser maior que o jogador. Caso contrário, ele terá muita dificuldade em ser respeitado”, lamentou Gian.
Mauro Cézar Pereira, por sua vez, vê ingenuidade de Nathan, mas não deixa de condenar a atitude do meio-campista.
“É uma tarefa para o Alexandre Mattos contornar e esclarecer este negócio. A naturalidade que o jogador fala sobre isso, embora não nos surpreenda, é muito chocante. A forma como o Nathan se expressa, acho até que ingênuo, mas não é só ele que pensa assim. Imagino que é a mesma linha de raciocínio também de outros. Me lembro quando Jorge Jesus chegou ao Flamengo, ele colocou a biometria, para ter um controle de quem chega no horário, quem está comprometido. E ninguém reclamou, logicamente pois ganharam títulos. O Sampaoli também não vai dar moleza”, declara Mauro.
No programa ‘Os Donos da Bola’ de Minas Gerais, Vinícius Grissi, Léo Gomide e Héverton Guimarães falaram sobre o caso.
“Jogador de futebol aqui no Brasil é mimado para cacete. Os caras acham que possuem poder em tudo. Não digo que seja o caso do Dudamel, mas eles sabem que quando o treinador está incomodando, basta fazer um corpo mole. A cultura do jogador brasileiro é ser muito acomodado com questões importantes, regras. Agora, o treinador que também é gestor de grupo, precisa saber lidar e ser maleável em alguns aspectos para não tornar o ambiente impraticável. Da forma como o Nathan se expressa, nos dá a entender que o ambiente não era dos melhores e isso prejudica o ambiente do trabalho. O Nathan tem um pouco de razão, mas também tem a necessidade de colocar a mão na consciência”, disse Grissi.
“Será que todos os jogadores pensavam igual o Nathan? Os métodos do Dudamel não agradavam o Nathan, mas será que para outros era algo aceitável? Não sabemos. Cada um tem sua opinião. Será que era um consenso? Não sei. Em qualquer relação ela depende primeiro em ganhar a confiança e depois ser mais rígido em alguns temas”, destaca Léo Gomide.
“Esse tipo de resposta geralmente sai de alguém que seja o líder do elenco, o que ele me parece que não seja. Isso só mostra o quanto os jogadores podem derrubar técnico. Agora, quando você chega em uma empresa, primeiro você vai tateando, observando como as coisas andam. Segundo o Nathan, o Dudamel iniciou aplicando medidas radicais de cara, e isso causou desconforto até mesmo em um jogador sem influência no grupo, só que falou tarde demais. Deveria procurar o presidente, diretor de futebol e se expressar”, concluiu Héverton Guimarães.
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