Home Futebol Jornalista detona postura de Nathan em polêmica com Dudamel: “Mimado”

Jornalista detona postura de Nathan em polêmica com Dudamel: “Mimado”

Meia do Atlético havia reclamado de alguns métodos do treinador venezuelano

Por Eder Bahúte em 11/04/2020 13:23 - Atualizado há 6 anos

As duras críticas de Nathan, meia do Atlético, dirigidas ao técnico Rafael Dudamel repercutiram bastante na imprensa esportiva. No Linha de Passe, programa veiculado nos canais ESPN, o jornalista Gian Oddi condenou as palavras do jogador do Galo.

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“São inacreditáveis as declarações do Nathan, pois elas contestam tudo aquilo que um técnico de futebol precisa fazer. É óbvio que ao chegar ele impõe aquelas regras que ele acredita que irão beneficiar a questão física e psicológica. Depois, ele opta pelo sistema tático que consider melhor. São duas coisas básicas. Eles são contratados para isso: administrar o elenco dentro e fora de campo. O que o Nathan disse só escancara o quão jogador de futebol no Brasil, na média, é mimado. É claro que existem exceções, mas na média é assim que funciona. Muitas vezes o jogador se coloca acima do técnico. É triste que seja assim, mas o técnico para ser respeitado no Brasil precisa ter nome, status e ser maior que o jogador. Caso contrário, ele terá muita dificuldade em ser respeitado”, lamentou Gian.

Mauro Cézar Pereira, por sua vez, vê ingenuidade de Nathan, mas não deixa de condenar a atitude do meio-campista.

“É uma tarefa para o Alexandre Mattos contornar e esclarecer este negócio. A naturalidade que o jogador fala sobre isso, embora não nos surpreenda, é muito chocante. A forma como o Nathan se expressa, acho até que ingênuo, mas não é só ele que pensa assim. Imagino que é a mesma linha de raciocínio também de outros. Me lembro quando Jorge Jesus chegou ao Flamengo, ele colocou a biometria, para ter um controle de quem chega no horário, quem está comprometido. E ninguém reclamou, logicamente pois ganharam títulos. O Sampaoli também não vai dar moleza”, declara Mauro.

No programa ‘Os Donos da Bola’ de Minas Gerais, Vinícius Grissi, Léo Gomide e Héverton Guimarães falaram sobre o caso.

“Jogador de futebol aqui no Brasil é mimado para cacete. Os caras acham que possuem poder em tudo. Não digo que seja o caso do Dudamel, mas eles sabem que quando o treinador está incomodando, basta fazer um corpo mole. A cultura do jogador brasileiro é ser muito acomodado com questões importantes, regras. Agora, o treinador que também é gestor de grupo, precisa saber lidar e ser maleável em alguns aspectos para não tornar o ambiente impraticável. Da forma como o Nathan se expressa, nos dá a entender que o ambiente não era dos melhores e isso prejudica o ambiente do trabalho. O Nathan tem um pouco de razão, mas também tem a necessidade de colocar a mão na consciência”, disse Grissi.

“Será que todos os jogadores pensavam igual o Nathan? Os métodos do Dudamel não agradavam o Nathan, mas será que para outros era algo aceitável? Não sabemos. Cada um tem sua opinião. Será que era um consenso? Não sei. Em qualquer relação ela depende primeiro em ganhar a confiança e depois ser mais rígido em alguns temas”, destaca Léo Gomide.

“Esse tipo de resposta geralmente sai de alguém que seja o líder do elenco, o que ele me parece que não seja. Isso só mostra o quanto os jogadores podem derrubar técnico. Agora, quando você chega em uma empresa, primeiro você vai tateando, observando como as coisas andam. Segundo o Nathan, o Dudamel iniciou aplicando medidas radicais de cara, e isso causou desconforto até mesmo em um jogador sem influência no grupo, só que falou tarde demais. Deveria procurar o presidente, diretor de futebol e se expressar”, concluiu Héverton Guimarães.

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