Home Futebol Luxemburgo evita falar sobre política e prega cautela com o retorno do futebol: “Momento é de saúde”

Luxemburgo evita falar sobre política e prega cautela com o retorno do futebol: “Momento é de saúde”

Luxemburgo ainda fez questão de elogiar a postura da diretoria e dos jogadores do Palmeiras em meio a pandemia

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.
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O técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, concedeu uma entrevista coletiva online nesta quarta-feira (6) e deixou claro que a preocupação da população neste momento deve ser com a pandemia do novo coronavírus e com a saúde, não com o retorno do futebol. O comandante alviverde ainda evitou falar sobre questões políticas relacionadas ao tema.

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“Temos de deixar as autoridades sanitárias determinarem aquilo que tem de ser feito. Já foi decretado pelo presidente do Palmeiras que a volta vai se dar quando tudo isso for liberado. Nesse momento, estávamos preocupados com isolamento e preservação da saúde das pessoas. Tudo o que se fala são possibilidades, o Palmeiras, através do presidente, determinou que vai esperar a decisão dos meios oficiais para que possamos tomar nossas decisões. Palmeiras vai fazer tudo o que for determinado pelos órgãos”, disse Luxemburgo.

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“As pessoas estão muito preocupadas com futebol, como se fosse a máquina do mundo. A preocupação de todo brasileiro e cidadão mundial é com a pandemia. Momento é de saúde, de letalidade do vírus. Essa é a preocupação que todos têm de ter, como vai fazer que a sociedade mundial volte a normalidade. Estamos preocupados com saúde, torcendo muito para que cientistas possam encontrar um meio. A sociedade, o cidadão tem de estar preocupado com a pandemia. Pegou todo mundo sem estar prevenido. Não vamos pensar só no futebol, vamos pensar que a preocupação maior é com o cidadão mundial. Tem de se encontrar um meio de acabar com ele (o vírus)”, acrescentou o treinador palmeirense.

Você lembra de todos os gols do Palmeiras na temporada?

Questionado sobre o posicionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, que já deu diversas declarações afirmando ser favorável ao retorno do futebol brasileiro, Luxemburgo evitou envolver posições políticas no debate sobre o tema. O treinador também não quis opinar sobre a atuação do Governo Federal ou Estadual na atuação de combate ao novo coronavírus.

“Não fui procurado por ele (Bolsonaro, para falar sobre o retorno do futebol). A preocupação minha é entender o que o meu patrão decida, como o seu patrão decida. Se ele decidir que vai ficar em casa você vai ficar. Estamos seguindo as determinações do Palmeiras. O resto de pedido daqui, dali, tem muita coisa acontecendo com o futebol como se fosse parâmetro. A hora que tiver sido liberado vai ser o momento que vamos fazer programação. Não adianta o que o outro falou, outro falou. A hora que as autoridades determinarem que pode voltar é quando vamos voltar com o que planejamos”, avaliou.

“Não tenho que falar de política nesse momento. Fui bem claro. Preocupação de todo cidadão é torcer para que cientista encontre vacina para acabar com isso. Não cabe a mim responder de política. Não interessa quem está certo ou errado. É encontrar um gênio que possa encontrar uma coisa que nos libere desse vírus. Eu me posiciono politicamente, mas não é momento”.

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CONFIRA OUTROS TRECHOS DA COLETIVA:

JOGOS COM PORTÕES FECHADOS:

— O que eu tenho de responder sobre isso se for determinado portão fechado. Vamos ter de respeitar a decisão que vir. Não tem como responder uma situação que não sabe o que vai acontecer. Tem de obedecer o que for determinado. É o que vamos obedecer.

TRABALHO DURANTE A QUARENTENA:

— Ficamos olhando os jogos que fizemos, os adversários. Muitos dias em casa dá para ver bastante coisa e ficar com a cabeça funcionando. Análise é um assunto interno, temos de discutir entre nós. Vivo intensamente o futebol, 24h por dia, procurei criar uma via direta com os jogadores. A estrutura do Palmeiras me oferece isso, fazer videoconferência com os jogadores, mantendo eles vivos dentro do Palmeiras ,preocupado com o que estavam fazendo fora de campo. Tinha sempre uma conversa quase que diária com o presidente… Tudo isso foi conversado. Antes das férias criamos um programa e pedimos para que os jogadores treinassem. Criamos uma ferramenta que fomos até a casa do atleta, treinando ao mesmo momento. Se não tem você cria alternativa. Estamos cada um na sua casa e todo mundo trabalhando.

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— Estamos voltando realmente das férias… Mas os jogadores nas férias jogam muita pelada, jogos beneficentes, então poucos chegam zerados. Essas férias foram mais prolongadas ainda. Estamos tentando fazer para quando voltar ao CT voltar bem melhor treinado. As férias terminaram. Não estou pedindo aos jogadores, agora criamos uma rotina de trabalho. Só não podemos estar juntos porque existe uma obrigação de isolamento, determinado pelos órgãos. Fomos de encontro aos atletas na casa deles. É uma obrigação, não pode faltar ninguém e não pode atrasar. Estamos iniciando uma pré-temporada. Tivemos bastante tempo parado. Os jogadores estão voltando, eles não tiveram a atividade da pelada. Tiveram um programa para treinarem, talvez vamos chegar ao CT num estágio melhor.

ATUAÇÃO DO PALMEIRAS EM MEIO A PANDEMIA:

— O Palmeiras está fazendo o que muita gente não conseguiu fazer, que é preservar seus funcionários. A participação dos atletas em abrir mão de alguma coisa é para que se pudesse ser feita dessa forma. A base não está treinando, mas vai continuar recebendo ajuda de custo. O Palmeiras está dando uma demonstração de administração muito bem equilibrada, atuando passo a passo. É um equilíbrio grande. O que você pensa hoje não é o que você vai pensar mudando, está mudando. Parabéns ao Palmeiras pelo equilíbrio e tranquilidade que passou ao torcedor do Palmeiras, está atento e preservando seu elenco, que está integrando e vivendo o clube 100%, seus funcionários vão estar felizes. São decisões que você vai encontrar sempre alguém ao contrário. A torcida fez uma campanha de arrecadação de alimento que foi fantástica. A torcida está engajada também nesse processo de ajudar os mais necessitados.

— É um momento muito nobre, dá orgulho de trabalhar. A partir do momento que ele pega e não chega que vai ser descontado como uma determinação sem conversar vai ser pego de surpresa e vai trazer conflito. O Palmeiras fez questão de respeitar os atletas, criou aquilo que poderia criar que fosse bom para eles e não prejudicassem os atletas e que pudessem colaborar. O Palmeiras não está pensando só em tirar, está pensando em preservar os funcionários, o pagamento em dia, pensando em nós. O Palmeiras respeitou, não fez absolutamente nada antes de passar aos atleta o que for feito. Respeito ao funcionário. Não foi uma determinação por imposição. É muito bem aceita. Não tenho dúvida que meu grupo via estar mais empenhado e mais ligado ao clube e comprometido do que antes, pelo respeito que o Palmeiras teve.

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