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Conheça os jogadores mais identificados por suas seleções

Apesar de terem sucesso em clubes, muitos jogadores são mais identificados por suas seleções nacionais

Alexander Rodrigues
Redator no @AlemanhaFC, @Torcedorescom, ADM da página @futebolcomamor e torcedor do Feyenoord.

Já faz algum tempo que muitos fãs torcem o nariz para o futebol de seleções afirmando que tomam muito tempo dos clubes.

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Querendo ou não, esses dois segmentos dividem a atenção no esporte e também criam algumas situações curiosas. Como o de jogadores mais lembrados por suas seleções do que por clubes.

MIROSLAV KLOSE – ALEMANHA

Mesmo sendo bicampeão da Bundesliga e Copa da Alemanha, com o gigante Bayern de Munique e tendo a honra de levantar uma Copa da Itália, com a Lazio, não adianta, Miroslav Josef Klose, tirando seu país natal, sempre será lembrado com a camisa da seleção da Alemanha fazendo seus gols e comemorando com seu tradicional mortal para frente.

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Klose é o maior artilheiro da história das copas com 16 gols e ele chegou a essa marca desbancando, “apenas”, Ronaldo Fenômeno que tem 15. O curioso é o simbolismo, pois ele marcou seu 16º gol justamente na seleção brasileira e dentro do país do antigo detentor do recorde na Copa de 2014.

Klose, que nasceu na Polônia e chegou na Alemanha com 8 anos, teve 137 convocações para a Die Mannschaft, marcando 71 gols. O atacante disputou as Euros de 2004,2008 e 2012 , mas foram nas Copas do Mundo que brilhou mais, sendo vice em 2002, terceiro em 2006 e 2010 e campeão em 14.

ALEX AGUINAGA – EQUADOR

Tirando sua terra mãe e o Necaxa do México, onde atuou por 14 anos, é bem difícil que um fã de futebol lembre de Álex Aguinaga sem ser com a camisa amarela da seleção do Equador.

Nas eliminatórias de Copa do Mundo, toda vez que alguma seleção fosse jogar contra “La Tri”, ainda mais em Quito, sabia que era problema pela frente.

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O atleta, que foi terceiro colocado no mundial da FIFA de 2000 pelo Necaxa, teve 109 convocações e disputou a Copa do mundo de 2002.

VALDERRAMA – COLÔMBIA

Além de ser conhecido pela sua vasta cabeleira, esse habilidoso meia também é muito mais lembrado por suas atuações com a camisa da seleção colombiana do que das suas passagens por clubes.

Até mesmo um fã de futebol mais atento pode não saber que Valderrama jogou por dois anos no Montpellier, sendo campeão da Copa da França, em 1990 ou que vestiu a camisa do Real Valladolid da Espanha por uma temporada.

Valderrama foi bicampeão colombiano com o Júnior de Barranquilha e foi peça importante para popularizar o início da MLS nos EUA, onde foi campeão com o extinto Tampa Bay Mutiny

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O atleta disputou as copas de 90, 94 e 98 e é até hoje o jogador que mais vestiu a camisa de Los Cafeteros, com 111 convocações.

TONY MEOLA – ESTADOS UNIDOS

Antonio Michael Meola, que no mundo do futebol virou o mítico Tony Meola, talvez tenha ganhado um tamanho maior do que realmente teve. Não que tenha sido mal goleiro, mas por ter tido uma carreira não muito lembrada por clubes de grandes centros.

O americano de pais italianos até chegou a passar um breve período na Inglaterra em 90, onde esteve no Brighton e Watford, mas não chegou nem perto de se firmar por lá, fazendo assim, a maior parte da sua carreia nos Estados Unidos, onde atuou mais pelo Kansas City Wizards encerrando sua carreira no New York Red Bulls.

O outro motivo é o que faz ele entrar nessa lista, pois suas atuações na Copa de 94, com seu rabo de cavalo característico e ostentando faixa de capitão da seleção americana, deram a ele uma atenção muito grande. Meola jogou 90 e 94 como titular e esteve no grupo dos EUA no Mundial de 2002. Ao todo foram 100 convocações para os Yanks.

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MARCO ETCHEVERRY – BOLÍVIA

O melhor jogador da história da Bolívia, na visão de muitos, foi um dos responsáveis por levar o seu país à única Copa do Mundo de sua história em 94, nos Estados Unidos.

Além disso, durante as eliminatórias para esse mundial, “El Diablo” foi um dos destaques da vitória da seleção boliviana frente ao Brasil por 2×0, onde chegou a deixar o dele. Essa foi a primeira derrota da história do Brasil em eliminatórias.

Em 97, marcou duas vezes na Copa América sendo um dos destaques do vice-campeonato. Ao todo foram 71 convocações para La Verde. Tudo isso levou o meia a ser muito mais lembrado, no mundo da bola, com a camisa da seleção sul-americana.

Por clubes, chegou a atuar na Espanha pelo Albacete, em 92, mas sem brilho. Também atuou em Colômbia, Chile, Equador e Estados Unidos. Na terra do tio Sam, teve a sua melhor época em matéria de clubes, jogando pelo D.C. United.

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LUKAS PODOLSKI – ALEMANHA

O atacante foi um dos melhores jogadores da geração alemã do meio dos anos 2000. Rápido, habilidoso e com chute preciso, o canhoto jogou por times como Bayern de Munique, Arsenal e Inter de Milão, levantando troféus de campeonatos e copas nacionais ao longo de sua carreira.

Mas quando alguém fala sobre Lukas Podolski, a primeira coisa que vem à cabeça são as suas atuações pela seleção da Alemanha, onde foi campeão do mundo na Copa do Brasil, em 2014. Ao todo, foram 130 convocações entre 2004 e 2017, marcando 49 gols.

CUAUHTÉMOC BLANCO – MÉXICO

Tirando os mexicanos, é difícil alguém lembrar do meia de rara habilidade com outra camisa que não seja a verde do México, com a qual proporcionou um dos dribles mais famosos da história do futebol, o chamado “Cuauhtemiña”, onde prendia a bola entre os pés e pulava sobre dois rivais. Blanco chegou a atuar no Real Valladolid, entre 2000 e 2002, mas uma fratura na perna defendendo sua seleção o tirou de combate por 6 meses.

Além disso, a saudade de casa também pesou para o atleta, que chegou a meter um golaço de falta no Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, mas que não teve uma carreira de sucesso na Europa. Ao todo, defendeu seu país por 19 anos, disputando as copas de 98, 2002 e 2010.

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Seu momento de destaque com a camisa de El Tri foi o título da Copa das Confederações de 1999, sendo artilheiro da competição com 6 gols, um deles inclusive, contra o Brasil na final.

THOMAS RAVELLI – SUÉCIA

É interessante como um dos melhores jogadores suecos de todos os tempos não tenha tido uma carreira fora do seus país em times mais fortes. Ravelli jogou em 3 equipes nos seus 21 anos carreira: Öster, IFK Gotemburgo e Tampa Bay Mutiny, dos Estados Unidos.

Foram 10 títulos na carreira e uma passagem rápida pela terra do tio Sam sem brilho. Agora, quando se fala sobre o goleiro é instantânea a lembrança das suas atuações pela seleção da Suécia na Copa de 94, fazendo defesas milagrosas junto a caretas e dancinhas após as mesmas, fato que lhe rendeu o apelido de “Príncipe dos palhaços”.

Ravelli foi um dos destaques dessa Suécia que chegou às semifinais da competição perdendo apenas para o Brasil, que viria a ser campeão. Nessa partida frente aos brasileiros, o goleiro fez o que pode, mas não foi o suficiente, já que o baixinho Romário conseguiu fazer um gol de cabeça entre os gigantes zagueiros suecos. TR também disputou a Copa de 90 e a Euro de 92. Ao todo, foram 143 convocações para a Blågult, de 1981 a 1997.

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RENÉ HIGUITA – COLÔMBIA

Folclórico foi o chamado “goleiro líbero”, muito antes de eles serem obrigados a saberem jogar com os pés. Higuita teve uma carreira de 24 anos, passou por vários clubes e chegou até a atuar no Real Valladolid, da Espanha por 1 ano, mas nunca teve uma carreira internacional de sucesso.

Em seu país, se destaca a glória na Copa Libertadores de 1989, atuando pelo Atlético Nacional de Medellín , clube que à época, foi acusado pelos rivais de ter ganhado o torneio continental com a ajuda de Pablo Escobar, que teria ameaçado e oferecido uma bela grana para os árbitros. Verdade ou não, o fato é que RH foi um dos jogadores que foram visitar o narcotraficante na prisão “La Catedral”.

Fofocas à parte, o atleta sempre vai ser lembrado no cenário mundial da bola, com a camisa da seleção colombiana onde atuou por 12 anos, atendendo a 68 convocações. Higuita jogou a Copa do Mundo de 1990 e, infelizmente para ele, ficou marcado pelo erro na saída de bola contra Camarões. Sorte dele que quando é citado, a primeira lembrança é a defesa do escorpião que fez em 1995.

ALEXI LALAS – ESTADOS UNIDOS

Além do seu penteado característico, o atleta ficou marcado com a camisa branca listrada em vermelho da seleção dos Estados Unidos, pelo qual jogou as copas de 94 e 98.

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Depois da Copa dos EUA, Lalas foi jogar no Padova, sendo o primeiro americano a jogar na Itália, onde ficou apenas por 1 ano. O defensor até chegou a atuar no Emelec, do Equador, mas foi em casa que passou a maior parte da sua carreira, destacando seu tempo no Los Angeles Galaxy, onde se sagrou campeão da MLS e da Liga dos Campeões da CONCACAF. Lalas teve 96 convocações para a The Stars and Stripes.

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