Home Esportes Olímpicos Paralimpíadas: entenda como é a disputa do rúgbi em cadeira de rodas

Paralimpíadas: entenda como é a disputa do rúgbi em cadeira de rodas

Brasil não tem tradição no rúgbi em cadeira de rodas e nunca participou de uma Paralimpíada. O país também não estará em Tóquio 2020

Mário André Monteiro
Jornalista com passagens por Portal iG, Fox Sports e Osasco Audax. Atualmente editor na Jovem Pan News e no Alemanha FC (http://www.alemanhafc.com.br). No Twitter: @alemao_mario e no Instagram: @marioalemao

O rúgbi em cadeira de rodas nasceu na década de 1970, no Canadá, e foi desenvolvido por atletas tetraplégicos. A modalidade, porém, só entrou no cronograma paralímpico a partir dos Jogos de Atlanta 1996, como esporte de demonstração.

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A estreia oficial do rúgbi em cadeira de rodas, valendo medalhas, aconteceu quatro anos depois, nos Jogos de Sydney 2000.

Assim como no rúgbi convencional, a modalidade de Paralimpíadas tem muito contato físico. Cada equipe conta com quatro atletas em campo, com outros oito na reservas.

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Os jogos acontecem em quadras de 15m de largura por 28m de comprimento e são disputados em quatro tempos de 8 minutos cada. O objetivo é o mesmo do rúgbi tradicional, que é passar da linha do gol com a bola nas mãos – e duas rodas da cadeira.

Se o jogo terminar empatado, é disputada uma prorrogação de três minutos.

A modalidade não é dividida por gênero, sendo que homens e mulheres jogam juntos em uma categoria mista.

Outras regras:

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– Os jogadores de ataque só podem permanecer na área-chave adversária (à frente da linha do gol) por no máximo 10 segundos;

– Três atletas de defesa podem ficar em sua área-chave por tempo indeterminado – se um quarto jogador entrar, é aplicada falta;

– Os atletas podem conduzir a bola sobre as coxas, quicá-las ou passá-las para um companheiro de time;

– O tempo de posse de bola é indeterminado, mas é obrigado quicá-la no mínimo uma vez a cada 10 segundos;

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– A equipe com a posse de bola tem 12 segundos para chegar ao campo adversário;

– O time com posse de bola não pode demorar mais de 40 segundos para finalizar a jogada.

Classificação

O rúgbi em cadeira de rodas é disputado por atletas comprovadamente tetraplégicos, divididos em sete classes de acordo com a habilidade funcional: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5.

As classes superiores são destinadas aos atletas com os maiores níveis funcionais; e as classes mais baixas são para jogadores de menor funcionalidade.

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Teste de banco: Teste muscular realizado em toda a extremidade da musculatura superior, além do exame do alcance do movimento, tônus e sensação;

Teste funcional do tronco: É realizada uma avaliação do tronco e das extremidades inferiores em todos os planos e situações, que pode incluir um teste manual da musculatura do tronco;

Testes de movimentação funcional

A modalidade no Brasil

O Brasil ainda não tem tradição no rúgbi em cadeira de rodas, ainda sem participações em Jogos Paralímpicos. O país também não estará presente nas Paralimpíadas de Tóquio 2020.

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Maiores vencedores

As equipes mais fortes do esporte são Canadá e Estados Unidos, pioneiros da modalidade, além de Austrália e Nova Zelândia, países nos quais o rúgbi convencional é muito praticado.

Desde 2000, apenas cinco países subiram ao pódio na modalidade. Quem lidera o quadro de medalhas são os EUA, com 3 de ouro, 1 de prata e 2 de bronze, totalizando 6 medalhas.

Austrália é a segunda colocada (2 ouros e 2 pratas), seguida pela Nova Zelândia (1 ouro e 2 bronzes). Também já faturaram medalha o Canadá (3 pratas e 1 bronze) e o Japão (apenas 1 bronze).

Os atuais campeões paralímpicos são os australianos, que venceram os Estados Unidos na final do Rio 2016. O Canadá, idealizador do esporte, nunca foi campeão.

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