Paralimpíadas: único brasileiro do tiro esportivo em Tóquio busca medalha inédita
Brasil ainda não subiu ao pódio no tiro esportivo de Paralimpíadas e Alexandre Galgani busca essa marca inédita
Arquivo pessoal
O Brasil terá apenas um representante na disputa do tiro esportivo dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que é o paulista Alexandre Galgani, competidor da classe SH2.
Galgani fez sua preparação treinando no estande montado em sua própria casa, na cidade de Sumaré (SP), e agora chega ao Japão após longo período longe das competições oficiais por conta da pandemia.
“Por conta da pandemia da Covid-19, os campeonatos foram cancelados. Fiquei quase dois anos sem disputar uma prova com atletas de alto nível e isto faz falta, mas mantive o ritmo de treinamento na minha casa”, contou o atirador brasileiro
Alexandre Galgani participa pela segunda vez de uma edição nos Jogos Paralímpicos. Nos Jogos Rio 2016, Galgani terminou a prova R4 – carabina de ar de pé 10m SH2 – em 18º lugar.
A estreia do atirador nas Paralimpíadas de Tóquio 2020 será no dia 30 de agosto, na prova R4 de carabina de ar de pé 10m. Alexandre também compete nos dias 1º e 4 de setembro, com as provas no R5 (carabina de deitado 10m SH2) e no R9 (carabina .22 deitado 50m SH2), respectivamente.
“Eu me sinto muito preparado para a competição. Acho que tenho condições de voltar com uma medalha”, afirmou o atleta, que nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 conquistou a medalha de prata na prova carabina de ar de pé 10m, a R4.
A estreia brasileira no tiro esportivo aconteceu em 1976, logo na primeira edição. O país só voltou a competir após 32 anos, em Pequim 2008. Presente também na disputa de Londres 2012 e Rio 2016, os atletas brasileiros nunca subiram ao pódio.
“O mais legal do tiro esportivo é que não tem um atleta favorito. Todos que vão participar dos Jogos de Tóquio têm condições de conquistar um pódio. Eu sou o meu principal adversário. Se eu conseguir me concentrar do jeito que estou treinando, tenho muita chance de chegar às finais das três provas. Só depende de mim! Vou dar o meu melhor para me classificar à etapa final e terminar no pódio. Este é o meu maior sonho”, destacou Alexandre.
Histórico
Aos 18 anos de idade, Alexandre Galgani mergulhou em uma piscina, bateu a cabeça no fundo e sofreu uma lesão na coluna, que o deixou tetraplégico.
Ele sempre esteve em contato com o tiro ao brincar com carabinas de chumbinho. Em 2013, conheceu o treinador da seleção brasileira, James Neto, e foi a Curitiba (PR) para receber orientações sobre o esporte.
O brasileiro é da classe SH2, atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os braços e precisam de suporte para atirar.
Confira os dias e os horários das provas:
30/08 – R4 (Carabina ar de pé) -> 01h15 (horário Brasília)
01/09 – R5 (Carabina ar deitado) -> 23h30 (horário de Brasília)
04/09 – R9 ( Carabina 22 deitado) -> 00h30 (horário de Brasília)
LEIA TAMBÉM
Brasil terá 257 atletas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio; saiba mais sobre a delegação
Paralimpíadas: Goalball feminino do Brasil busca pódio inédito com mistura de gerações
Paralimpíadas: Com brasileira na lista, conheça 10 jovens estrelas que devem brilhar em Tóquio
Quatro países desistem das Paralimpíadas por conta de restrições da Covid-19

