Após o revés sofrido diante do Grêmio no último final de semana pelo Brasileirão, o lateral-direito Mauricio Isla, do Flamengo, voltou a desabafar em função das críticas recebidas por suas últimas atuações. Nas redes sociais, alguns rubro-negros chegaram a criar campanhas para pedir o desligamento do chileno do clube carioca.
Debatendo o assunto no “UOL Esporte News” desta terça-feira (21), o comentarista Mauro Cezar Pereira detonou o comportamento de pessoas que idealizam ações como as que vem sendo executadas, e salientou que é diferente criticar um jogador em função de eventuais más atuação de promover um ataque virtual a pessoa.
“Eu acho que ele não tem jogado bem, de fato, mas o que fizeram, já fizeram isso com o ex-técnico Ceni, é uma ala da torcida do Flamengo e em todas as torcidas você encontra esse tipo de gente. Na verdade, essas pessoas não estão só na internet, estão na rua, em casa, soltas por aí fazendo esse tipo de coisa na rede social porque a rede social, em tese, oferece um certo anonimato. É uma ilusão também, tem que gente que paga e paga caro pelas bobagens que escreve em rede social, custa dinheiro, quando não custa cadeia em alguns casos mais graves”, disparou Mauro Cezar.
Na visão do comentarista, o lateral do Flamengo vem aquém das expectativas, mas nada justifica dos ataques que o chileno vem sendo alvo.
“Você criticar o atleta, perfeito, é o direito do torcedor. Isla jogou mal e tal, acho que não deve jogar, deve jogar o Matheuzinho ou outro qualquer, contratar o Daniel Alves, sei lá o quê, cada um tem o direito à opinião, mas a forma que isso é feito, o Diego Ribas também foi alvo desse tipo de ataque recentemente covardemente, então é o Diego, foi o Ceni, é o Isla, ou seja, essas pessoas realmente se organizam e começam a fazer um linchamento virtual e o atleta reagiu porque certamente olhou a rede social sendo atacado ali por tanta gente”, pontuou o comentarista.
Por fim, Mauro classificou o episódio como uma covardia para com Isla e cobrou um posicionamento do clube, de Renato Gaúcho e até mesmo dos jogadores para defender o chileno dos ataques nas redes.
“É diferente de você falar ‘acho que não deve jogar, acho que deve ser reserva’. Daí a você simplesmente se organizar para ir em massa atacar as redes sociais do cara e linchar virtualmente, isso é de uma covardia tremenda, certamente, no meio disso tudo você vai encontrar até casos de pessoas que usam palavras e tons que a lei talvez não tolere, mas eles acham que podem fazer o que eles bem entendem”, diz Mauro.
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