Home Esportes Olímpicos Paralimpíadas: melhor campanha, polêmica e dobradinhas; resumo do dia

Paralimpíadas: melhor campanha, polêmica e dobradinhas; resumo do dia

Time Brasil enfrentou caso polêmico no atletismo com perda de ouro no mesmo dia em que ultrapassou recorde histórico nos Jogos Paralímpicos

Wemerson Ribeiro
Formado em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi, com passagem pelo Portal R7, como estagiário, na editoria de Esportes.

O décimo primeiro dia de competições nas Paralimpíadas reservou nada menos do que dez medalhas para o Time Brasil, em Tóquio. Agora, além do recorde de ouros batido na conquista do futebol de 5, a delegação busca atingir seu número máximo de premiações no total — para isso, basta apenas um pódio nesta noite. Veja o resumo do sábado:

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Força nos braços

Teve medalha inédita na canoagem paralímpica! Depois de ser prata com Luis Carlos Carsoso, o Brasil voltou a competir na modalidade e faturou o ouro com Fernando Rufino na classe VL2, neste sábado (4). O atleta fez 53.077 e chegou com vantagem de dois segundos na frente do estadunidense Steven Haxton, com 55.093.

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Ainda na canoagem, Giovane Vieira cruzou a linha de chegada em 52.148 e terminou no segundo lugar na disputa do VL3 200m. Curtis McGrath (50.537), da Austrália, foi o campeão, e o britânico Stuart Wood (52.760) levou o bronze.

Busca-se rival

Entra Paralimpíadas, sai Paralimpíadas, e o Brasil segue sem perder no futebol de 5, modalidade para pessoas com deficiência visual. A briga pelo ouro aconteceu nesta manhã contra a Argentina, e Raimundo Nonato fez o único gol da partida. A seleção se tornou pentacampeã, com título em todas as edições disputadas.

E o feito teve uma importância ainda maior: com esta premiação, a delegação brasileira volta de Tóquio com a melhor campanha de sua história em número de ouros. Já são 22 medalhas desta cor faturadas, uma a mais que na Rio-2016.

Polêmica e protesto

O pódio do arremesso de peso F57 teve uma mudança de última hora que tirou o brasileiro Thiago Paulino do lugar mais alto e o jogou para a terceira posição. A decisão foi anunciada na madrugada deste sábado e foi tomada depois de um apelo feito pela delegação chinesa.

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A revisão não apenas tirou o ouro que era de Paulino como também anulou suas tentativas acima de 15m, além do recorde mundial e paralímpico. O Comitê Paralímpico Brasileiro ainda tentou entrar com um recurso contra a medida, mas não teve sucesso.

Na cerimônia de premiação, o competidor gesticulou para câmera fazendo o número um com as mãos ao sinalizar que ele, sim, deveria ter ficado com o primeiro lugar de sua categoria.

Bronze nas quadras

No reencontro entre Brasil e Canadá na decisão pelo terceiro lugar no vôlei sentado, a delegação verde-amarela ficou com o bronze na categoria feminina. As duas seleções fizeram um jogão na estreia com vitória brasileira no tie-break, mas não repetiram a competitividade, neste sábado.

A equipe do Brasil ganhou o primeiro set, tomou o empate, mas dominou o resto do jogo para fechar com parciais de 25/15, 24/26, 26/24 e 25/14. A atuação das mulheres superou a dos homens nesta edição, que perderam por 3×1 na disputa do bronze contra a Bósnia.

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Ninguém (ou quase ninguém) segura

Em poucos dias, o atletismo superou a natação e se tornou a modalidade com mais medalhas para o país em Tóquio. Somente neste décimo primeiro dia de competições, as provas no estádio Paralímpico garantiram cinco das dez premiações brasileiras.

A primeira saiu com Ricardo Gomes, que terminou com o bronze nos 200m T37, e a conta só foi disparar no final da noite e entrada da madrugada no Japão. Nos 200m T11, Thalita Simplício e Jerusa foram prata e bronze, nesta ordem, na prova que teve o ouro decidido nos milésimos.

Outra dobradinha aconteceu com Thomaz Ruan (47.87) e Petrúcio Ferreira (48.04), nos 400m T47. Outro brasileiro a correr foi Lucas de Sousa, que terminou em sétimo na disputa conquistada por Ayoub Sadni, do Marrocos.

De todas as cores

O Brasil já foi ouro com Nathan Torquato, bronze com Silvana Fernandes e agora fechou a trinca de medalhas com a prata de Débora Menezes. A competidora “amassou” por 55×10 a rival Yuliya Lypetska, da Ucrânia, nas semis e caiu para Guljonoy Naimova, do Uzbequistão, por 8×4 na decisão.

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A uma pódio da glória

Basta apenas uma premiação em Tóquio (71) para o Time Brasil empatar com a Rio-2016 (72) na soma total de medalhas numa única edição. Para isso, terá pela frente a decisão do bronze no badminton, com Vitor Gonçalves, além de outras quatro maratonas. Yeltsin Jacques, campeão nos 1500m e nos 5000m do atletismo, promete surpreender.

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