O boxe olímpico deve passar por seu maior escândalo de sua história. Nesta quinta-feira (30) foi divulgado um relatório pela Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador), aponta que houve manipulação de resultados em lutas das Olimpíadas de Londres-2012 e do Rio-2016.
Na investigação, liderada por Richard McLaren, havia um esquema que envolveria juízes e árbitros no acerto para que certos resultados em lutas acontecessem, com apoio de dirigentes da Aiba e um organizador, cuja identidade não foi revelada ou explicada. De acordo com o documento, os Jogos do Rio tiveram cerca de 11 combates com indícios de manipulação.
O esquema seria feito com pessoas da entidade fazendo contato com árbitros e juízes laterais para acertar previamente resultados de lutas nas Olimpíadas horas antes dos combates acontecerem. Sem citar nomes de envolvidos, um dos indícios seria uma propina recebida de cerca de US$ 250 mil (algo em torno de R$ 1,3 milhão) que árbitros e juízes receberam para permitir que, numa semifinal do boxe, um lutador da Mongólia vencesse um da França.
Dentre os envolvidos, um ex-presidente da Aiba, C.K. W, aparece como parte de um esquema para manipular lutas das Olimpíadas de Londres-2012. Algumas das denúncias contra o dirigente foram a de sugerir a membros da entidade para que boxeadores da Turquia estivessem garantidos nos jogos londrinos devido a um investimento que o país fez no Pré-Olímpico daquela época. Outra denúncia seria a de que Wu queria agir para que o Azerbaijão não conquistasse medalhas em Londres.
Com as denúncias, a investigação pode render até mesmo na retirada do boxe do programa olímpico. Denúncias anteriores de corrupção causaram a suspensão da entidade junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional) em 2020.
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