Os problemas políticos sempre foram uma questão a ser debatida no Palmeiras, e foi isso, segundo Alexandre Mattos, que atrapalhou parte de seu trabalho no clube. O diretor de futebol, em entrevista ao podcast “Hoje Sim”, do Globoesporte.com, falou sobre contratações que fez, mas disse que nem sempre era compreendido internamente.
Mattos ainda apontou que tentou brecar algumas contratações que, segundo ele, eram “insanidade”, mas nem sempre era possível.
“Quantas vezes eu cheguei no presidente e falei que aquilo (contratação) era insanidade, mas o treinador pede, o patrocionador pede, então isso acontece dentro de clubes. Isso acontece e o que tentamos fazer é dar o conselho, falar que é contra, mas ele é o dono, a gente tenta… ‘Para que fazer no futuro? Tem que fazer o presente.'”, disse ele, sobre o pensamento que permeia os clubes brasileiros.
O dirigente revelou que três contratações de jogadores jovens foram amplamente criticadas na época. Hoje, porém, todas deram certo.
“Por exemplo no Palmeiras, com o (Raphael) Veiga, o Arthur Cabral, como o Zé Rafael. O Veiga está aí titular, o Arthur não tiveram paciência, mas saiu e hoje está na Seleção, o Zé Rafael está aí no time. Talvez essa seja a diferença do que enfrentamos no Brasil.”
Raphael Veiga passou por empréstimo ao Athletico Paranaense antes de voltar e brilhar no Verdão. Zé Rafael ficou mais um ano no Bahia, mesmo acertado com o clube paulista. Arthur Cabral, por sua vez, não deu certo no Palmeiras, mas tem brilhado na Europa, onde defende o Basel, da Suíça, e chegou à Seleção Brasileira.
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