Nesta semana, a notícia de que o Freiburg, clube da primeira divisão da Bundesliga, obrigava os seus jogadores a se dopar causou muita polêmica na Alemanha.
Quem fez a acusação foi o ex-jogador malinês Garra Dembélé, que atuou pelo time da Floresta Negra entre 2011 e 2013. As declarações foram dadas ao jornal francês “L’Équipe”, que produziu um documentário sobre doping.
“Chegava ao fim do treino e tinha uma caixa com o meu número, tinha que tomar 10 comprimidos que nem sabia o que eram. Não tinha jeito, porque eles ameaçavam nos multar”, disse o atleta.
“Essas substâncias não eram permitidas na Alemanha. Eu tomava drogas, eram provavelmente hormônios, não sei… Toda vez que ia para o exame antidoping, urinava e não aparecia nada. Não havia rastro do que eu estava tomando”, completou.
O Freiburg não gostou nada das alegações do seu ex-jogador e resolveu se explicar publicamente na noite desta quinta-feira (12).
“Depois de consultar a equipe médica da época, podemos esclarecer que os comprimidos eram de vitamina C e zinco, que foram oferecidos profilaticamente e durante as fases de resfriado a jogadores individuais”, disse Sascha Glunk, porta-voz do clube.
“Esses comprimidos eram distribuídos para fins de higiene. Alguns jogadores se esqueciam regularmente de tomar, por isso havia essa organização”, continuou o assessor no comunicado oficial.
“Não queremos comentar outras declarações de Garra Dembélé e seus possíveis motivos, inclusive para proteção do ex-jogador e as circunstâncias de cooperação na época”, finalizou o Glunk.
Dembélé, de 35 anos de idade, está aposentado dos gramados desde 2017. No documentário, ele também disse que era dopado durante sua passagem pelo futebol da Bulgária, antes de chegar à Alemanha.
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