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O meia Jorge Valdivia deixou o Palmeiras em agosto de 2015, mas até hoje a saída do ex-camisa 10 rende polêmica, isso porque o chileno era o principal jogador do elenco e considerado peça importante no projeto de reconstrução do clube com Alexandre Mattos como diretor de futebol. As conversas pela renovação, no entanto, não evoluíram e o Mago acabou deixando o clube após o fim do contrato – até hoje, ele culpa o então dirigente Alviverde por sua saída.
Em entrevista ao podcast ‘PodPorco’, o ex-médico do Palmeiras, Dr. Rubens Sampaio, revelou os bastidores de como começou a ruir o relacionamento entre Valdivia e Alexandre Mattos, que acabou determinando a saída do meio-campista do clube pela falta de acordo para a renovação do vínculo do chileno.
— Em 2014, contra o Athletico Paranaense, eu infiltrei ele antes do jogo e no intervalo sendo guiado por ultrassom. Ele jogou com a perna amarrada, extremamente no sacrifício. E os caras do Athletico respeitaram demais o que ele fez. Mas o Valdivia acabou pagando uma conta alta porque a lesão que ele já tinha se agravou demais, e ele teve que fazer uma recuperação maior no início de 2015, principalmente pra jogar a Copa América [no Chile. Daí nasceu a briga com o Alexandre Mattos, pela questão do contrato de produtividade – revelou o Dr. Rubens Sampaio.
O jogo contra o Athletico Paranense, em questão, aconteceu pela última rodada do Campeonato Brasileiro e era determinante para a permanência do Palmeiras na Série B – em caso de derrota, o clube poderia ter caído para a segunda divisão do futebol nacional pela terceira vez na história, e justamente no ano do centenário. A partida terminou empata e Valdivia jogou os 90 minutos.
Confira a entrevista na íntegra:
Em julho, Valdivia participou do programa ‘Arena SBT’ e detonou Alexandre Mattos. “Sem comentários. Tudo aquilo que ele possa falar de mim, eu não acredito. Quando eu tentei voltar para lá para fazer uma atividade na academia, ele que não deixou. Então, se ele fala bem ou mal, para mim tanto faz. É um cara que não me deixou nada e, para mim, não é ninguém”, comentou.
Mattos usou as redes sociais para rebater as declarações do meia. “Quero dizer que o atleta em questão foi sempre tratado com o máximo de respeito e jamais foi proibido por mim de utilizar as dependências da Academia de Futebol até o último dia do seu contrato, quando eu pessoalmente o entreguei uma camisa em agradecimento a todos os serviços prestados ao clube. Após esse fato quero desafiar o Valdivia a dizer quando ele foi proibido por mim de realizar qualquer atividade lá. Ou dizer quem usou o meu nome indevidamente (fofoca que ele é experiente bastante pra não cair) e faltou com a verdade de que ele não poderia ir lá e que eu o proibia de entrar no clube, ou realizar qualquer atividade lá. Inclusive, ele foi sim à Academia quando jogava pelo Colo Colo”, disse.
“Sobre a opinião dele sobre mim, sempre disse que é irrelevante, que minha história está lá, assim como a dele. Ele acha que eu fui o responsável pela não renovação dele com o clube, o que também não é verdade. A minha opinião era da permanência dele (voto que foi vencido pelos demais) naquele momento de reformulação do clube (2015) e o clube e todos os responsáveis (área técnica, presidência, diretoria e gerente de futebol) entenderam que o melhor, baseado nos números dos anos anteriores, seria uma proposta 100% em produtividade e ele (com todo direito que tinha) a recusou”, completou.
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