Home Futebol Conheça Daniel Neri, técnico português que trabalha no Brasil e está longe dos holofotes

Conheça Daniel Neri, técnico português que trabalha no Brasil e está longe dos holofotes

O treinador português busca conquistar seu terceiro título em quase 10 anos de Brasil

Luciano Ferreira
Luciano Ferreira é um jornalista graduado no Instituto de Ciências Sociais e Comunicação (ICSC) da Universidade Paulista - UNIP desde 2021. Atuou anteriormente na cobertura de futebol e basquete na agência Wecel Mídia. Atualmente trabalha como redator de esportes no Torcedores.com.

Daniel Neri, 42 anos, está prestes a conquistar mais um título estadual no Brasil. Isto porque o técnico português de 42 anos, tem a oportunidade de conquistar seu terceiro campeonato consecutivo. Conquanto, Neri caminha para ser um papa-títulos no Nordeste, bem longe dos holofotes.

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Daniel veio para o Brasil há quase 10 anos; bem antes de ser moda no país, os clubes terem um treinador português na comissão técnica.

Na elite do futebol brasileiro, há 4 equipes com treinadores portugueses no comando, são elas: Palmeiras com Abel Ferreira – bicampeão brasileiro -; Flamengo com Paulo Souza; Corinthians com Vítor Pereira e Botafogo com Luís Castro.

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Apesar de ainda de ser desconhecido para os brasileiros, ele está a um passo de fazer história: depois de ter sido campeão pernambucano em 2020, e maranhense em 2021, Neri está agora na final do campeonato sergipano, no comando técnico do Sergipe, que disputa grande com o Falcon FC, em dois jogos. Se for campeão, será o terceiro título consecutivo em três estados diferentes.

Portanto, em Pernambuco se consagrou campeão dirigindo o Salgueiro; já no Maranhão, frente ao Sampaio Corrêa. Agora dirigindo o Sergipe, tem mais uma chance de ser campeão estadual.

Daniel Neri diz que Portugal tem um Cristiano Ronaldo, e o Brasil uns 20

Em entrevista a site de Portugal, “zerozero”, Daniel Neri fala que a dificuldade do futebol brasileiro está nas oportunidades; pois, acredita que muitos passam despercebidos.

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“Os jogadores aqui têm qualidade, mas não têm tanta oportunidade e há muito talento que se perde por vários motivos. O talento está mais diluído, então quando se chega à Série C ou D encontram-se jogadores que no ano seguinte jogam a Série A, ou vice-versa. É um país com 200 milhões. Se nós temos um Cristiano Ronaldo, o Brasil deve ter uns 20, numa correlação simples, mas eles estão escondidos e não têm oportunidades. Pergunta-me se as divisões inferiores são mais físicas, como em Portugal, e eu digo que não”, disse.

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Conquanto, diz que as dificuldades estão nas dimensões continentais do país: “O Brasil é diferente de Portugal. Para um país com 10 milhões de habitantes conseguir fazer o que faz, é porque está virado para o futebol. Se um miúdo for bom no futebol ele vai acabar por ser puxado para cima e os melhores chegam sempre ao topo por ser um país pequeno. No Brasil isso não acontece”.

O sonho de chegar ao Brasileirão

Por fim, o treinador português destaca o sonho de dirigir uma equipe na Série A; mas reconhece que o caminho é longo.

“O caminho é este e eu não tenho outro. Não fui capitão de seleção, nem me viram a fazer gols no Mundial, então o meu nome vai sendo construído assim e ligaram para mim por algum motivo. Acredito em trabalho e é isso que eu pretendo. Cheguei onde cheguei e foi porque as coisas foram acontecendo de forma positiva. Continuo tendo os meus objetivos, mas não posso dizer que vou para a Série A porque ninguém me chama”, completou.

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