O Botafogo foi campeão estadual de remo em 2022, após uma disputa acirradíssima contra o Flamengo, que foi definida somente na última regata da última etapa.
No elenco do clube, estava um atleta considerado foragido da Justiça, depois de receber uma acusação de tentativa de assassinato.
Renato Cataldo foi contratado pelo Glorioso em meados do ano passado, quando já era procurado pela polícia e, mesmo assim, chegou a ser escalado em quatro etapas do Estadual e no Campeonato Brasileiro.
Ele foi detido após uma denúncia que levou à polícia à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, durante um treino do Alvinegro, em outubro.
Renato, que chegou a fazer parte da seleção brasileira no Pan de Lima, em 2019, aguarda na prisão pelo julgamento, que ainda não tem data marcada.
O atleta foi Indiciado por uma tentativa de assassinato contra um segurança na saída de uma boate no Rio, em março de 2020.
Na época do ocorrido, ele ainda defendia as cores do Flamengo quando passou de moto atirando contra seguranças de uma casa noturna na Ilha do Governador, zona norte do Rio.
De acordo com relato de testemunhas, ele e um irmão, chamado de Marcos Henrique, se envolveram em uma confusão na boate e foram expulsos do local pelos seguranças.
Os dois tentaram voltar à casa noturna com outras roupas, mas foram identificados e barrados. Retornaram novamente mais tarde, de moto, com Renato na garupa e atirando. Um dos tiros acabou acertando o pescoço de uma pessoa que não tinha nada a ver com a briga.
Na época, Renato era da Marinha e ficou apenas dois meses em reclusão militar. O Flamengo não renovou o seu contrato.
Botafogo se pronunciou após a prisão do atleta
Em nota oficial, o Glorioso afirmou que foi “surpreendido” com a determinação judicial que decretou sua prisão, e que o caso é anterior à sua contratação:
“O Botafogo tinha conhecimento de que o atleta tinha uma questão judicial ainda pendente de julgamento, fato que não impede a inscrição dele na Federação de Remo, até porque enquanto não houver o julgamento final da causa, para todos os efeitos legais, ele é inocente. O mesmo é casado, pai de três filhos, vivia, até a ocasião de sua prisão, uma rotina de vida absolutamente normal, participando dos treinos e competições de remo. O Clube foi surpreendido com a determinação judicial que decretou sua prisão e tem conhecimento de que o caso é hoje acompanhado pelo advogado Rafael Del Piro.”

