Home Extracampo Copa do Mundo 2022: dirigente da Alemanha diz que proibição da Fifa foi “clara ameaça”

Copa do Mundo 2022: dirigente da Alemanha diz que proibição da Fifa foi “clara ameaça”

Fifa proibiu uso de braçadeiras em combate à homofobia, o que revoltou jogadores

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

A Fifa proibiu as seleções que fariam protestos silenciosos contra a homofobia de utilizarem mensagens nas braçadeiras de seus capitães na Copa do Mundo. Foram sete seleções proibidas de realizarem o protesto, incluindo a Alemanha, tetracampeã mundial.

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Em entrevista coletiva realizada nesta segunda, o presidente da Federação Alemã de Futebol, Bernd Neuendorf, disse que a proibição da Fifa às seleções foi uma “clara ameaça”, o que chamou a atenção.

“Foi uma clara ameaça contra nós, porque fomos ameaçados de sanções esportivas”, disse o presidente da federação nacional sobre a mensagem enviada pela Fifa.

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“Foi uma demonstração de poder sem precedentes da Fifa. Não queremos travar essa batalha nas costas dos nossos jogadores.”

Neuer havia dito que usaria a braçadeira de qualquer forma, mas terá que voltar atrás

No domingo, Neuer teria dito que faria uso da braçadeira com o termo “One Love”, mas com a ameaça de sanções esportivas, teve que ser convencido a não utilizar o equipamento com a frase.. Segundo presidente da federação, o goleiro ficou desapontado.

“Manuel Neuer está muito desapontado de não poder usar a braçadeira. Isso não é mais sobre futebol”, disse Bernd Neuendorf sobre a proibição imposta pela Fifa.

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“Há muita irritação, sentimento de censura. A braçadeira pode ser tirada de nós, mas ainda vamos expressar os valores que temos.”

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Além de Neuer, outro capitão que foi proibido de utilizar a braçadeira foi Harry Kane, que estava com o equipamento preparado, mas recebeu a proibição poucas horas antes do confronto com o Irã. A Alemanha estreia na quarta-feira (23) contra o Japão.

Vale destacar que o Catar é uma teocracia que tem a homossexualidade como crime. Muitas organizações têm afirmado que não é seguro que pessoas identificadas como LGBTQIAP+ vão à Copa do Mundo no país árabe.

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