Javier Tebas, presidente da LaLiga, marcou presença no segundo dia do Sports Summit, maior evento de negócios da indústria do esporte da América Latina. Dentre alguns assuntos que o dirigente abordou, um deles foi sobre os problemas que o Brasil encontra para criar uma liga profissional forte.
Para Tebas, o futebol brasileiro teria condição de estar entre “uma das melhores ligas do mundo” a médio prazo.
Já estive algumas vezes aqui e vejo que sempre estão tratando do tema, porém “esse filho não nasce” e o Brasil perde oportunidades muito importantes. Estou convencido de que com uma Liga, que tenha uma venda centralizada dos direitos e distribuição acertadas, em um período de 5, 6 anos, a Liga Brasileira estaria entre as melhores do mundo. Quando você tem uma competição forte, suas estrelas ficam mais tempo em seus times. Isso torna sua concorrência mais atraente. Estou convencido, porque é assim que funciona no resto do mundo e é assim que a LALIGA cresceu”, detalhou o dirigente.
Cenário para 2025
Recentemente tivemos a criação da Libra e da Liga Forte União, com foco principalmente em melhorar os direitos de transmissão do Brasileirão.
O fato de as equipes não chegarem a um consenso e termos duas ligas é algo que pode trazer um impacto futuro. A questão principal é que as principais ligas no mundo conseguiram se estruturar por conta do consenso entre os clubes.
No Brasil existe uma grande expectativa sobre como será esse situação nos próximos anos. Um exemplo claro nessa situação é o Corinthians, que optou por não aceitar a divisão inicial de valores da Libra. Por hora os direitos de transmissão dos jogos do Timão no Campeonato Brasileiro seguem indefinidos.
Na visão do mercado, o ideal era que os clubes tivessem criado uma liga única. Isso poderia aumentar o poder de negociação, trazendo benefícios maiores a todas as equipes.
Como ocorreu esse “racha”, nos próximos anos teremos duas ligas buscando valorizar seus clubes. E somente com o tempo poderemos validar se essa aposta foi ou não certeira.