Inundação em Porto Alegre atinge Arena do Grêmio (AP Photo/Andre Penner)
A situação do Rio Grande do Sul segue dando o que falar no Brasileirão Séria A. Com Grêmio, Internacional e Juventude impedidos de entrar em campo devido ao desastre que assola o estado e que causou grandes estragos nos estádios, cada vez aumenta mais a quantidade de defensores da paralisação da competição.
Nesta semana, o vice-presidente do Grêmio, Eduardo Magrisso, fez críticas fortes às declarações de Palmeiras e Flamengo, que são alguns dos times que mostraram não apoiar a paralisação da competição, mesmo com os times gaúcho impedidos de viajar para as partidas.
“Eu não gostaria de fazer comentários sobre a posição deles (Palmeiras e Flamengo), porque entendo que na posição de dirigente é muito importante defender o interesse do clube. Imagino que Palmeiras e Flamengo, que estão em uma boa posição no campeonato, estejam defendendo os interesses de seus clubes. Mas eles estão jogando videogame no modo amador, aí vão ganhar sempre”, começou falando.
“Então, Palmeiras, Flamengo e São Paulo, que fizeram manifestações bem duras e que, de certa forma, nos causou alguma dor, a gente ainda espera que eles entendam. O presidente Guerra vem fazendo conversas insistentes com eles para mostrar a nossa posição”, acrescentou.
Brasileirão Séria A perde a isonomia em caso de continuidade
Em qualquer competição que envolva vários participantes, todos precisam estar em condições iguais para que a disputa seja justa. É com base neste princípio, por exemplo, que os times começam com 11 atletas em campo e não um com 11 e outro com 12.
Caso o campeonato prossiga e Grêmio, Internacional e Juventude sejam forçados a jogarem sempre fora de casa ou mesmo atuar datas apertadas no calendário após não participarem da competição neste momento, o princípio da isonomia estará ferido e, portanto, a competição perderá o seu sentido.
Um defensor disso é o vice-presidente do Grêmio, que deixou sua posição clara sobre o assunto:
“A gente espera que eles mudem de posição e que concordem com a gente vendo a nossa situação. A gente não pode olhar só para o nosso clube, senão a gente não tem adversário para competir. Sem adversário e igualdade de condições, a competição fica muito ruim”, completou.

