O ex-piloto da Williams, Nigel Mansell, foi entrevistado pelo podcast Beyond the Grid, onde comentou a sua frustração no decorrer do ano de 1993. O britânico foi campeão do mundo no ano anterior, mas não conseguiu um cockpit, na Fórmula 1, para defender o seu título.
“Eu estava ansioso para defender meu título, estava ansioso para um grande ano em 1993 independente se Prost fosse meu companheiro de equipe ou não”, declarou o britânico.
O Leão viveu um momento atípico na elite do automobilismo mundial. Depois de conquistar o campeonato no GP da Hungria de 1992, Mansell soube que não teria o seu contrato renovado pela Williams, que iria trazer Alain Prost. Na ocasião, o francês contava com total apoio da Renault, marca que fornecia os motores para a equipe.
“Aí, menos de 24 horas depois de ganhar o título, soube que não tinha carro para o ano seguinte! Se eu realmente quisesse correr, seria com metade do salário de 1992. Não era uma boa oferta!”, disparou Nigel.
Outro fator estava associado ao fundador da equipe, Frank Williams. O inglês não costumava renovar contratos de campeões, como aconteceu com Prost, Hill e com o próprio Mansell. “Não foi novidade, ele já fez isso com vários pilotos antes.”
Sem um lugar na elite do automobilismo mundial, Nigel Mansell migrou para Fórmula Indy, onde se sagrou campeão pela equipe Newman-Haas, em 1993. No ano seguinte, o ex-piloto retornou à F1, para subtituir Ayrton Senna na Williams. O britânico conquistou a sua última vitória na categoria, na Austrália, e se aposentou pela McLaren, no ano seguinte.

