Home Futebol Corinthians: Mesmo sendo um dos clubes com maior receita, time não consegue reduzir sua dívida total

Corinthians: Mesmo sendo um dos clubes com maior receita, time não consegue reduzir sua dívida total

Corinthians acumulou uma receita superior a R$ 6.7 bilhões nos últimos anos, mas dívida segue aumentando anualmente

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.

Quando assumiu a presidência do Corinthians, Duilio Monteiro Alves encontrou o clube com um cenário financeiro bem complicado. Isso porque a dívida atual do Timão se aproximava de R$ 1 bilhão. Não por acaso, o primeiro semestre de 2021 foi de contenção de despesas, sem contratações e buscando a venda / empréstimos de jogadores.

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Mas no segundo semestre reforços chegaram e levantaram questionamentos se Duilio realmente está trabalhando para reduzir os débitos do Corinthians. A grande questão é de que com uma receita considerável, o clube paulista mostra problemas para amenizar sua dívida.
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Conforme estudo realizado pela empresa Sports Value, o Corinthians arrecadou um total de R$ 6.766 bilhões entre 2003 e 2020. Mas no mesmo período, os gastos com futebol representaram um total de R$ 5.361 bilhões. Dessa forma, a dívida que em 2004 era de R$ 157 milhões saltou para R$ 949 milhões em 2020.

Crescimento da receita do Corinthians

Atualmente, a equipe paulista é a terceira do Brasil em termos de receitas acumuladas. E um fato que não pode ser ignorado diz respeito ao salto que aconteceu no clube após a chegada de Ronaldo Fenômeno.

Em 2008, no ano que em que disputou a Série B, o clube teve uma receita de R$ 240 milhões. Já no ano seguinte, o valor foi de R$ 336 milhões.  Nos anos seguintes, o Corinthians liderou o ranking de receitas, batendo um faturamento de R$ 556 milhões em 2012, ano do título inédito da Libertadores e do segundo Mundial de Clubes.

Posteriormente, o clube seguiu se destacando em termos de faturamento, chegando ao valor recorde de R$ 597 milhões em 2016, logo após a conquista de mais um título do Brasileirão.

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Gastos com futebol impactam redução da dívida

As receitas são significativas, mas as despesas acabam influenciando na situação financeira do clube. Nos últimos três anos (2018, 2019 e 2020), o Corinthians teve gastos superiores a R$ 400 milhões, com equipes que contavam com diversos reforços questionáveis.

Além disso, é importante lembrar que nem sempre as receitas com futebol são direcionadas para bancar os custos do departamento. Gastos com outros esportes e na parte social acabam entrando nessa conta. Dessa forma fica fácil entender por que a diretoria busca por alternativas de receitas e novos patrocinadores.

Um exemplo claro é o futebol feminino. Por conta do destaque da categoria, o Timão vem mantendo jogadoras de nível de seleção brasileira e conseguindo patrocinadores específicos para a modalidade.

A médio e longo prazo, essa tática pode fazer a diferença em relação a saúde financeira do clube.

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Possível impacto das contratações do Corinthians em 2021 no futuro

A torcida celebrou as chegadas de Giuliano, Renato Augusto, Willian e Róger Guedes. Mas todos chegaram com altos salários, apesar de estar dentro do previsto em termos da folha salarial, conforme informou a diretoria do clube.

A aposta pode dar muito resultado. Basta lembrar o faturamento que o clube teve após conquistas de títulos, tanto pela premiação como pela venda de jogadores de destaque. Por outro lado, a ausência de títulos pode fazer com que a dívida aumente de forma consideravelmente, puxada principalmente pela folha de pagamento dos atletas.

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