Home Futebol Abrahão muda discurso, admite chance “pequena” e promete cobrar jogadores por apatia: “Esse não é o nosso Grêmio”

Abrahão muda discurso, admite chance “pequena” e promete cobrar jogadores por apatia: “Esse não é o nosso Grêmio”

Denis Abrahão, vice-presidente de futebol do Grêmio, concedeu coletiva de imprensa depois da derrota para o Bahia

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

Após cravar em mais de uma ocasião que o Grêmio não seria rebaixado, o vice de futebol Denis Abrahão se viu obrigado a mudar o discurso nesta sexta-feira, em Salvador, palco da derrota de 3×1 para o Bahia. Em coletiva pós-jogo, ele admitiu que as chances passaram a ser “pequenas” faltando três jogos para o fim: São Paulo e Atlético-MG em casa e Corinthians fora.

PUBLICIDADE

Abrahão também admitiu ter ficado incomodado com a postura dos jogadores gremistas na Fonte Nova, reclamando do que chamou de “apatia” em campo – com 20 minutos, os baianos já venciam por 2×0. E o dirigente já adiantou que, na segunda-feira, irá reunir o grupo para cobrar os motivos que fizeram o time ser apático em um jogo tão decisivo.

Comprometimento dos jogadores e cobranças na segunda-feira

“Esse é um grande questionamento (se os jogadores estão engajados com a luta do clube). Nós fizemos de tudo. Os jogadores sozinhos não são culpados […] Nós vamos querer saber o motivo dessa apatia que não condiz com a história do clube. Perder faz parte do espetáculo. Agora, da maneira que seu perdeu, não faz. O torcedor gosta de um Grêmio copeiro e que saiu exaurido de campo. Isso não aconteceu hoje. Esse não é o nosso Grêmio. Não sei se houve uma falta de comprometimento… não sei. A gente precisa saber os motivos e eles (jogadores) vão ter que nos colocar os motivos. Tudo que nos pediram foi feito. Nós vamos analisar na próxima segunda-feira”

PUBLICIDADE

Diretoria “fez tudo que poderia fazer”

“Temos que trabalhar o time a partir de segunda-feira para diminuir os riscos. O que mais me preocupou foi o estado anímico dos primeiros 30 minutos. Fizemos bate papo coletivos, viemos dois dias antes para reforçar a concentração, tivemos conversas individuais, mostramos a importância do jogo de hoje, fizemos um trabalho junto com o marketing. Fizemos de tudo. Impossível ser mais claro do que estou sendo. Fizemos de tudo, reunião com jogadores, departamento de marketing fez um trabalho muito bonito. Criamos cenários, mostramos posicionamento, demos carinho, demos força. O que mais se pode fazer?”

Chances pequenas de escapar do rebaixamento

“Agora (pós-jogo) não é momento de conversar com os jogadores. É momento de dar força, apertar a mão de cada um, olhar no olho e dizer que estamos juntos. Aqui no Grêmio ganha todo mundo e perde todo mundo. Eu aprendi assim. Não jogo a toalha. Ainda há chance. Pequena? Pequena, mas há”

Sentimento pessoal

“Muito triste, muito chateado, mas não joguei a toalha. Vamos pelos três jogos, honrando a camisa e acreditando na possibilidade. Nós temos todas as respostas para todas as perguntas, sabemos tudo o que está acontecendo aqui e vamos conversar segunda-feira. O que mais me preocupou foi o estado anímico. Fizemos de tudo para mostrar a importância desse jogo”

LEIA TAMBÉM:

Mancini vê Grêmio “vivo” depois de empate com o Flamengo