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Nos dias de hoje, é quase instantâneo pensar na cor azul quando se fala do Cruzeiro, afinal de contas essa é a cor que o clube enverga em seu escudo há muitos anos, porém a tradicional equipe de Belo Horizonte usou outras combinações em seu uniforme principal ao longo de sua história.
Fundado como Sociedade Sportiva Palestra Itália, o clube vestiu verde, com frisos em vermelho na ponta das mangas e o logotipo no peito com o “PI” entrelaçado em um losango vermelho e verde com fundo branco, calção branco e meias verdes. Uma clara alusão à nação dos esportistas italianos que foram os responsáveis por dar vida à instituição, hoje centenária.
A primeira mudança na cor do uniforme principal da equipe se deu entre os anos de 1922 e 1927, quando o verde ficou um pouco mais claro, além de algumas mudanças no estilo do símbolo do clube bordado no manto. A partir de 1928 até 1939, o Palestra Itália de Minas clareou ainda mais o verde. Lembrando que foi nesse período que surgiu a Ala Renovadora, que visava nacionalizar o clube, tendo em vista que o time não era mais uma associação exclusiva dos italianos.
Nasce o Cruzeiro e o uniforme azul
Depois de um curto período de três anos em que usou uma camisa verde com faixas horizontais em branco e vermelho escuro que rendeu ao clube o apelido de “Tricolor”, a instituição passou a usar cor azul com listras brancas na horizontal e o nome temporário de Ypiranga, devido ao início da Segunda Guerra Mundial.
Em 30 de janeiro de 1942, o Presidente Getúlio Vargas, que já havia declarado guerra aos países do Eixo (Itália, Alemanha e Japão), através de um Decreto-Lei, determinou a proibição do uso de termos e denominações referentes às nações inimigas.
Em outubro do mesmo ano, uma assembleia definiu que o clube passaria a se chamar Cruzeiro Esporte Clube, com camisa toda azul, golas e punhos brancos, calção branco e meias brancas, com a constelação do Cruzeiro do Sul, presente no escudo republicano do Brasil, no peito.
