Reapresentado no Inter nesta quinta-feira, o meia Andrés D’Alessandro concedeu uma longa coletiva de imprensa, onde, perguntado mais de uma vez sobre o assunto, garantiu: não vai renovar o contrato depois do período acertado de quatro meses e no final de abril, fatalmente, encerrará a carreira profissional já do alto dos seus 41 anos.
D’Ale, aos jornalistas, lamentou não ter vencido nenhum torneio nacional pelo Inter e ainda colocou o Gauchão como obrigação em 2022:
“Fui vice duas vezes da Copa do Brasil e do Brasileirão. Minha história poderia ser diferente. Tem essa conta pendente, que não vai ser possível para mim, mas esse grupo tem que pensar que pode. Difícil cravar, mas minha carreira vai terminar. Vou jogar quatro meses. Continuarei comparecendo nos jogos, como torcedor, a partir de primeiro de maio. Hoje posso dizer que a minha trajetória no futebol vai terminar dia 30 de abril”, disse, antes de citar o Gauchão:
“Pra mim será como o meu primeiro Gauchão, aquele de 2009 que ganhamos invictos. Temos a obrigação de ganhar. O objetivo é o Gauchão. Faz tempo que não ganhamos e precisamos retomar a gana de vencer. Juntos. Ninguém ganha sozinho. Unir forças”
D’Alessandro fala de Abel e de outros dois ex-colegas de Inter
Dessa vez, ao que tudo indica, o argentino poderá se despedir ao lado da torcida do Inter, algo que não foi possível antes da sua saída em 2020. Pela restrição da pandemia, o Beira-Rio estava vazio no jogo vencido por 2×0 contra o Palmeiras, quando D’Ale foi lançado por Abel Braga na reta final da partida.
“Fiquei muito feliz naquele momento de ter o Abel do lado. É um dos maiores treinadores da história do clube e um amigo. Nunca a gente está preparado para se despedir”, declarou.
Também relembrando o passado, o jogador citou dois ex-atletas que, na sua forma de ver as coisas, não tiveram a melhor despedida possível do Inter: Alex, após o rebaixamento de 2016 e Rafael Sobis, ao sair em 2019:
“O Alex, que jogou comigo, poderia ter merecido uma despedida diferente pelo que ele conquistou dentro do clube. E o Rafael Sobis também. Não saíram bem daqui por vários motivos. Não tem problema, mas sempre há tempo para reconhecer os ídolos”, finalizou.
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