O Colo-Colo encerrou nesta segunda-feira a busca por um treinador para a temporada de 2020. Após fracassar na negociação com Luiz Felipe Scolari, o clube decidiu sair do mercado devido à crise causada pela pandemia de coronavírus. Segundo o governo chileno, mais de 2,4 mil casos foram registrados no país. De acordo com a Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos, o Chile é o segundo país da América do Sul em número de casos confirmados, atrás apenas do Brasil. Ainda segundo o levantamento, o país tem oito mortes.
A emergência da pandemia interrompeu o trabalho do Colo-Colo. A diretoria acreditava ser necessário a chegada de um treinador mais experiente para comandar o time na Copa Libertadores da América. Principalmente porque o aproveitamento de Mário Salas foi considerado abaixo das expectativas no Campeonato Chileno. O cargo está disponível desde a saída do treinador em 26 de fevereiro. Nesse ínterim, o clube foi atrás de Gustavo Alfaro, José Pékerman e Luiz Felipe Scolari.
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No início do mês, o presidente do Colo-Colo, Aníbal Mosa, se reuniu com Felipão em São Paulo. A princípio, o comandante do penta demonstrou interesse em trabalhar no futebol chileno. Após o encontro, as partes chegaram a ensaiar um acerto. Porém, o treinador não chegou a um acordo financeiro com o clube chileno. Posteriormente o time foi comandado interinamente pelo paraguaio Gualberto Jara. Marcelo Espina, diretor esportivo do Colo-Colo, aproveitou para cutucar a imprensa chilena que não vem poupando críticas devido a lentidão da diretoria.
“A busca, depois de tudo o que está acontecendo, foi definitivamente suspensa. Temos que avaliar quando a atividade retornará e como será. De lá, veremos. Agora encerramos a busca, não foi algo que nos instigou, fizemos com muita calma. Por outro lado, estou incomodado com a posição de alguns jornalistas que não estão divulgando informações corretas sobre a nossa busca. Existem muitas informações falsas. O nosso torcedor pode ter certeza de que estamos em busca de um nome que esteja à altura para comandar o Colo-Colo”, revelou.
Posteriormente a negativa de Felipão, o vice-presidente executivo do Colo-Colo, Harold Mayne-Nicholls, fez contato com Martín Lasarte e Gabriel Heinze. O primeiro declinou ao convite, enquanto o segundo avalia ofertas de clubes da Argentina.
“Martín (Lasarte) disse que não podia assumir um compromisso conosco, pois não podia deixar o seu país devido a um problema familiar. Quanto ao (Gabriel) Heinze, ele gostou, mas indicou que prefere seguir trabalhando no futebol argentino após deixar o comando do Vélez Sarsfield. Em relação ao Scolari, Pékerman e Alfaro, como todos já sabem, as negociações não avançaram por questões econômicas”, finalizou.
Felipão segue disponível no mercado
Conforme o Torcedores.com divulgou, Luiz Felipe Scolari recusou o convite do Colo-Colo para ser o substituto de Mário Salas como técnico da equipe. Com sondagens de clubes do Brasil, China, Emirados Árabes e Qatar, o treinador optou por não assumir o comando do time chileno. O pentacampeão está desempregado desde 1º de setembro, quando foi demitido pelo Palmeiras após derrota para o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro.
Se tivesse acertado com o Colo-Colo, Scolari voltaria a disputar a Copa Libertadores da América. Ele foi campeão do torneio com o Grêmio, em 1995 e com o Palmeiras, em 1999. Posteriormente Felipão assumiu o comando da Seleção Brasileira faturando o penta na Copa do Mundo da Coréia do Sul e Japão, em 2002.
