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Paradesporto: “Geração 2000” domina Meeting de Brasília

“Geração 2000” mostra força nas competições de atletismo e natação

Carlos Lemes Jr
Olá! Sou Carlos Lemes Jr e sou Jornalista formado, desde 2012, e no Torcedores, desde 2015. Matérias exclusivas pelo site publicadas nos portais IG, MSN e UOL. Escrevo sobre: futebol, mídia esportiva, tênis e basquete. Acredito que o esporte seja uma ótima ferramenta de inclusão, pois, sou cadeirante. Então, creio que uma das minhas "missões" aqui no Torcedores seja cobrir esporte paralímpico. Hobbies: ler, escrever e escutar música.

Depois do sucesso nas Paralimpíadas de Tóquio, a “Geração 2000” do Paradesporto brasileiro voltou com tudo.

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Uma prova disso, é a jovem e talentosa geração de atletas com deficiência que começa a apresentar resultados no Meeting Loterias Caixa de atletismo, natação e halterofilismo. A etapa deste final de semana ocorreu em Brasília, Distrito Federal, e reuniu 251 atletas da capital federal e de estados das regiões Norte e Centro-Oeste.

Os Meetings Loterias Caixa, promovido e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, estão percorrendo o Brasil, desde o início de outubro, até 12 de dezembro, nas três modalidades. Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro já sediaram etapas de atletismo e natação. Na quinta-feira, 28, será a vez de Belo Horizonte receber o evento.

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As provas de atletismo em Brasília foram realizadas na pista do CIEF (Centro Integrado de Educação Física) e dois atletas nascidos nos anos 2000 apresentaram resultados surpreendentes.

Nos 100m da classe T47, para amputados de braço, o mato-grossense Eduardo Furtado da Cruz, de 18 anos, foi medalhista de ouro com o tempo de 11s59. A melhor marca do mundo nesta prova é do paraibano Petrúcio Ferreira, que fez 10s42, em novembro de 2019 no Campeonato Mundial de Dubai.

Esta é uma classe que o Brasil domina no atletismo paralímpico mundial. Petrúcio foi ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e o carioca Washington Júnior foi bronze na mesma prova.

Eduardo é atleta da Asa-Sorriso, de Mato Grosso, tem má formação congênita no braço esquerdo e na mão direita. Aos 18 anos, ele participa apenas pela primeira vez de competições adultas para atletas com deficiência. Até então, havia disputado as edições de 2018 e 2019 das Paralimpíadas Escolares, organizadas pelo CPB, e, em seguida, dedicou-se ao atletismo para atletas sem deficiência. Ele é o 15º no ranking do Centro-Oeste sub-20.

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“Eu participo de diversas competições entre atletas sem deficiência e treino uma pista de terra em Sorriso, e estou feliz por ter feito esta marca aqui em Brasília, foi meu melhor tempo, e o vento estava contra”, comentou Eduardo, a respeito dos 11s59 alcançados no sábado, e o vento contra de -0,6 km/h.

Outro jovem talento no Meeting de Brasília de atletismo foi o também mato-grossense Thalysson Enrick Nunes de Oliveira fez 12s75 nos 100m da classe T13 (para atletas com baixa visão). O recorde brasileiro desta prova é de Gustavo Araújo, e perdura desde o Mundial de Doha, no Qatar, em 2015, com 10s91. Thalysson tem 15 anos e representa RAAEI, do Mato Grosso.

Ainda dentro dos talentos da geração 2000 está Mateus da Silva Pacheco, que completou a prova dos 100m pela classe T38 em 12s70, marca próxima ao recorde brasileiro de 11s08 registrados em 2019 pelo atleta Edson Cavalcante, que representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Mateus é atleta da APAN (Associação Paradesportiva do Norte), de Manaus (AM).

Já a amapaense Thalia Pereira não é da geração anos 2000, pois tem 24 anos, mas se destacou na manhã do domingo com o recorde brasileiro no arremesso de peso da classe F41, para atletas com baixa estatura. Ela arremessou a 7m95 e superou em um centímetro a marca de Kelly Peixoto, estabelecida nos Jogos Paralímpicos do Rio. “Fico feliz com o recorde, mas queria chegar na casa dos oito metros”, afirmou Thalia, da AETP, do Amapá

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Neste domingo também foram realizadas as provas de natação. O campeão paralímpico e mundial Wendell Belarmino competiu pela primeira vez desde que retornou dos Jogos de Tóquio. “Competição é muito importante para medir como estou nesta volta de Tóquio, gostei muito da minha prova. Queria ter trazido minha família para assistir, mas infelizmente ainda não pode ter a presença do público externo”, disse Wendell, que representa o Instituto Pro Brasil.

Ele nadou pela manhã os 50m livre da classe S11 (para cegos) em 27s84. Em Tóquio, ele foi medalhista de ouro com o tempo de 26s03. Já à tarde, Wendell participou da prova dos 100m livre e finalizou em 1min05s39.

Outro atleta da classe S11 e do Instituto Pro Brasil que se destacou nas disputas do Meeting em Brasília foi Elcio Cunha Pimenta Júnior, de 18 anos. Ele ficou em segundo lugar nos 50m livre, com 30s03, cravando o 21º melhor tempo do mundo na prova neste ano. Já na disputa dos 100m livre, Elcio completou a disputa 1min08s26, também na segunda colocação.

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