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Foto: João Rafael Pinheiro
Fubá foi prestigiar o evento e ficou só a observar a dupla de ataque Ronaldo Giovanelli e Muller perder vários gols. Fubá mostrava que a alegria de viver tinha voltado a sua vida. Logo após ao final da partida, ele atendeu a imprensa e falou sobre a sua recuperação.
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Gilmar ficou feliz por estar na quadra pela manhã: “Estou feliz de estar com meus amigos, estou aqui pois não podia sair de casa por estar com imunidade baixa. É uma vida nova agora”.
O ex-jogador de 41 anos descobriu que estava com o câncer após ir ao hospital por um problema no rim e pegar uma gripe. ” Só que após três dias eu não me alimentava. Aí um dia o Joaquim Grava (ex-médico do Corinthians) ligou pra me perguntar como eu estava, pois tinha quebrado o braço”.
Sabendo da teimosia de Fubá, o doutor foi até sua casa e levou para o Hospital São Luiz, em São Paulo. Mas Gilmar apresentou dois caroços na parte do ombro. ” Apareceu esses caroços a um mês mas levei na boa”, disse Fubá.
O médico levou a biópsia e aí se deu o câncer. Mieloma Múltiplo é um câncer nas células plasmáticas cancerosas que enfraquecem os ossos. É um doença rara – tem menos de 150 mil casos no Brasil e não há cura. E Gilmar já estava com o câncer há dois anos, e tinha uma vida regrada a futebol, bebidas e festas. ” O médico me falou, se alguém pegar sua tomografia e não conhecer você vai pensar: Ou está em coma ou essa pessoa está morta. E eu estava de boa”..
O jogador ficou no hospital por dois meses, nesse ciclo diversos jogadores lhe visitaram: “Todo dia tinha cerca de 20 pessoas no meu quarto”. Antes de ser internado, Gilmar pesava 90 quilos, 7 a menos do tempo que era o ‘Pitbull’ do meio campo do Corinthians. Quando saiu do hospital, o jogador revelou que pesava apenas 60 quilos.
A médica que atendeu Gilmar Fubá, de início, lhe deu de 15 a 30 anos de vida, e que ele não tinha chance alguma de jogar bola.
Segundo Gilmar Fubá, a mesma médica que lhe deu o atestado que não poderia voltar a jogar, ao ler seu diagnóstico e após ao exames, constatou que Fubá teve uma grande melhora e disse: “Você já vai começar a tomar as medicações para os ossos para jogar a sua ‘bolinha'”.
Gilmar indagou a médica e brincou: “Como a medicina não dava de 15, 30 anos, em dois meses eu melhorei”. O jogador agradeceu muito a religião. Evangélico, o disse que não foi só a medicina mas que também a força divina fez diferença na sua recuperação:
“Eu como tenho fé, acredito no meu Deus. Como Deus cura, curou por completo”, e brincou com a médica ” Eu vou enterrar a senhora ainda”.
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Fubá faz quimioterapia para se recuperar. Ele já completou dois ciclos – cada um com 4 quimioterapias. No entanto, ele precisa concluir dois ciclos e fazer mais exames. Ao contrário das pessoas que geralmente sofrem com efeito colateral, o ex-jogador revela que ” Não sinto nada, não tive queda de cabelo, vômito, dor de cabeça e e nem fraqueza. Os médicos me disseram, que por eu ter sido jogador, a parte física ajudou”.
O tratamento de um câncer é caro. Fubá revelou que o herdeiro da Kalunga, Roberto Garcia, já gastou cerca de 700 mil reais em dois meses. “Ele disse para eu descasar. Foi até o hospital, e disse que os melhores médicos iriam tratar de mim e que iria gastar o quanto fosse preciso. Pois eu quero ver meu amigo bom. Sempre foi meu irmão, isso que está no começo. Depois irei fazer um transplante de medula”
Gilmar disse que estuda junto com os companheiros fazer um amistoso ou uma campanha com o Corinthians. Para que na primeira partida do Campeonato Brasileiro entre Corinthians x Chapecoense na Arena Corinthians, 10% do ingresso de cada torcedor seja para a ajuda no tratamento. Ele estuda a possibilidade também com o amigo Vampeta, de se realizar o amistoso do Amigos do Fubá contra o Osasco Audax para arrecadar fundos.
Com a doença minha família voltou. Pois antes de ser internado, segundo o próprio atleta, ele estava se afundando na vida, não ia mais em eventos estava afastado da família e chegava em casa por volta das 9 da manhã. Com isso, teve a separação da esposa e dos três filhos também.
Hoje Gilmar revelou que voltou a fazer as coisas que não fazia antes, sai com a família, com os filhos. “Às vezes, eu tô dormindo e eles(filhos) me cutucam, Pai, pai. O que foi? Não era pra ver se você está vivo. Eu acho importante, pois a família é a base de tudo”
