Jordan Torunarigha, defensor do Hertha Berlin, ouviu injúrias raciais no duelo ante o Schalke 04, em Gelsenkirchen, pelas oitavas-de-final do certame
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Mesmo representantes do Schalke 04 se colocaram ao lado de Torunarigha. Jochen Schneider, diretor esportivo da equipe, não escondeu o incômodo. “Existe tolerância zero. Não tenho entendimento de tais idiotas desse tipo. Faremos tudo o que pudermos para encontrar os responsáveis por eles e provar as conseqüências”, afirmou.
Adversários de Torunarigha também se solidarizaram. “Encontrei ele chorando no campo e lhe dei coragem, disse para ele continuar”, destacou. Expulso após chutar um cooler com água, David Wagner também tentou contê-lo. O técnico do clube de Gelsenkirchen também viu o cartão vermelho. “Não ouvi os xingamentos, mas gostaria de me desculpar em nome da agremiação, que não deveria ser o caso”. Os mineiros também emitiram nota oficial sobre o caso.
Como não poderia deixar de ser, representantes do Hertha Berlin também se manifestaram. “Falei para o árbitro protegê-lo”, declarou Jurgen Klinsmann, técnico da equipe. “Houve insultos racistas nas arquibancadas. Torunarigha é um jogador emocional. Se algo assim acontecesse, eu provavelmente também ficaria assustado. Algo assim não é humano. É bastante repulsivo”, finalizou Niklas Stark, zagueiro da agremiação.
Mais casos de injúria
Marcão, ídolo do Fluminense, já falou sobre injúrias raciais, e o dono da Rádio Itatiaia já deu declarações polêmicas sobre Juan Cazares, do Atlético-MG. Até mesmo amigos, como Thuler e Lincoln, já foram criticados por supostas injúrias raciais. Na Inglaterra, a torcida do Everton acolheu Moise Kean, mas, na Alemanha, atletas locais foram vítimas de racismo. Kalidou Koulibaly, Andressa Alves, Serena Williams e Andrew Johnson, atletas do CSA, Iñaki Williams e Mario Balotelli também passaram por constrangimentos. Na Ásia, casos semelhantes também acontecem. Clemmens Tonnies, presidente do Schalke 04, foi afastado do cargo por conta de declarações racistas.
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