Foi a partir da rodada de quartas de final da Sul-Americana de 2008 que o técnico Tite apresentou um novo Inter. E o rival era apenas o Boca Juniors, campeão da Libertadores do ano anterior. Para dar liberdade ao trio Alex, D’Alessandro e Nilmar, o atual comandante da Seleção fez uma linha de quatro zagueiros, com Marcão na esquerda, e achou o time ideal.
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Com Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro, Marcão; Edinho, Guiñazu, Magrão, D’Alessandro; Alex e Nilmar, Tite montou um dos times mais lembrados pela torcida do Inter até hoje. E, claro, venceu de forma inédita para os brasileiros a Copa Sul-Americana.
“O Tite foi muito inteligente. O mérito é totalmente dele. Aquela nossa linha de quatro defensores dava uma consistência defensiva muito boa. E dava liberdade para o pessoal da frente jogar solto. Eles também vinham preencher o espaço, e quando roubávamos a bola eles estavam descansados para atacar”, colocou Marcão, com exclusividade.
Coudet lembra Tite?
Em termos de intensidade e competição por espaço, Marcão entende que o atual Inter de Eduardo Coudet, em 2020, tem traços, sim, dos times colorados vencedores, como o de 2008.
“Acompanho sempre. Eu estou gostando muito do Inter de 2020. Demonstrou uma organização tática e uma intensidade muito grande nos jogos, além de ser uma equipe extremamente agressiva sem a bola. Esse é o estilo de jogo que sempre vivi no Inter, que levou a conquista dos grandes títulos”.
D’Alessandro fominha desde 2008, segundo Marcão
O ex-lateral já estava no Inter desde 2007 e recepcionou D’Alessandro no ano seguinte. E lembra que, desde o seu primeiro momento no clube, o argentino mostrou ter profissionalismo e fome de jogo. As reclamações eram constantes se a bola não fosse para ele:
“O que mais me chama atenção no D’Alessandro é o profissionalismo. E é por isso que ele está jogando até hoje. Ele demonstrou e demonstra muita dedicação. Além disso, tem uma vontade de vencer muito grande, não gosta de perder nem par ou ímpar. Lembro bem. Deus o livre se não tocasse a bola pra ele nos treinos e nos jogos. Sempre muito participativo. Então ele sempre foi o diferencial da nossa equipe”.
Além da Sul-Americana, Marcão venceu com o Inter a Dubai Cup e o Gauchão de 2008. Ele deixou o clube em 2009 para atuar no Palmeiras.
Além de Marcão: confira outras entrevistas do autor com ex-jogadores do Inter:
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Rodrigo Paulista – Rodrigo Paulista relembra como “ajudou” Fernandão a vir pro Inter e cita Gre-Nal mágico no Olímpico: “Não acreditei que iria entrar”
Tiago Saletti – Amigos de longa data, Saletti defende Edinho e diz que foi prejudicado no Inter por ironia de ex-treinador: “Palavras não voltam”
Wellington Monteiro – Ex-volante cita o mais baladeiro de 2006, admite que recusou o Grêmio e define Inter: “Família que nunca vi igual”
Rubens Cardoso – Campeão com a dupla Gre-Nal, Rubens Cardoso relembra conquistas, gol com ajuda do vento e escolhe lado: “Amo o Inter”
Daniel Carvalho – Daniel Carvalho crê em vitória sobre o Cruzeiro, relembra Gre-Nal histórico e resume Inter: “Foi tudo pra mim”
Michel – Autor de gol no Nacional em 2006 aposta em nova vitória e recorda título: “Marcante”
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