Algumas semanas após ter sido anunciado como um dos maiores nomes da história do futebol da Arábia Saudita, Cristiano Ronaldo disputará hoje a sua primeira partida no time que escolheu passar os anos finais de sua carreira.
O astro português de 37 anos, agora jogador do Al-Nassr, jogará ao lado de atletas do elenco do Al-Hilal em um amistoso contra o Paris Saint-Germain, a partir das 14 horas (de Brasília).
Como esperado, a partida especial colocará CR7 e Lionel Messi um contra o outro mais uma vez, em uma longa história de rivalidade entre os dois nomes mais vitoriosos e admirados do futebol neste século. Rivalidade esta que a família real saudita, estimulada por uma guerra de egos entre os seus integrantes cheios da grana, pretende levar para dentro de seu país a partir do segundo semestre deste ano.
Isso pode acontecer porque o Al-Hilal, maior vencedor da história do futebol local, não gostou de ver os holofotes se voltarem todos para o Al-Nassr após a contratação do CR7 e sonha com a contratação de Messi.
A ideia é contratar o argentino após do fim do seu contrato com o PSG, que termina em junho. Para isso, eles devem oferecer ao campeão da Copa-2022 um contrato bilionário, semelhante ao dado por seu arquirrival a CR7, que mescle remunerações pelo papel desempenhado em campo e também por funções de promoção da imagem da Arábia Saudita.
O desejo de ter Messi não é apenas uma questão estratégica do Al-Hilal para não perder espaço no seu mercado, voltar a seu o time número um do seu país e expandir seu nome no cenário internacional. O plano é também resultado do desejo de se equiparar ao seu rival.
Após PSG, Messi X CR7 é questão de família
Vale lembrar que embora o modelo de administração dos clubes por lá seja parecido, na prática não é bem assim. Os times mais tradicionais historicamente são bancados por um integrante ou clã da família real. Assim, é uma competição de grandeza entre primos e irmãos após a saída de Messi do PSG.
O Al-Hilal é tradicionalmente financiado pela esfera familiar do príncipe Mohammed bin Faisal, que morreu em 2017. Foi graças ao sobrinho do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud que o clube se consolidou como a força número um do cenário local.
Já o Al-Nassr está cada vez mais próximo do círculo do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que também é proprietário do Newcastle, da Inglaterra – se tornando uma verdadeira disputa “em família” após a saída de Messi do PSG.